Petição Redução das Mensalidades dos Créditos Bancários em 20% durante Dois Anos
Para: Assembleia da República
Redução das Mensalidades dos Créditos Bancários em 20% durante Dois Anos
Considerando a actual situação económica e o Orçamento já aprovado e promulgado para 2011, o qual agrava substancialmente as dificuldades já existentes em todas as famílias portuguesas, retraindo ainda mais as poupanças familiares e agravando todo o tecido social do nosso País,
Considerando que Portugal não tem há muitos anos um real mercado de arrendamento, pois na generalidade dos casos as famílias têm casa própria, em parte culpa das facilidades que durante anos as instituições bancárias promoveram e apoiaram, tornando exorbitantes os valores por um arrendamento.
Considerando ainda que em qualquer tipo de crédito, mas principalmente nos créditos à habitação, os primeiros três a cinco anos foram e são apenas para pagar juros.
Considerando ainda que as entidades bancárias têm perfeito conhecimento que muito do actual crédito mal parado provém de incapacidade para cumprirem as suas obrigações por parte de clientes que durante muitos anos foram cumpridores e clientes de excelência, o que prova que se pudessem continuariam a sê-lo
Considerando ainda que não se compreende como é que as Taxas Euribor e os Sprades podem estar a subir durante semanas consecutivas quando o BCE entende que se devem manter as taxas de juro inalteráveis para possibilitar a retoma das economias.
Entendemos que algo tem de ser feito, pois as famílias não conseguem encontrar solução para os seus problemas apesar dos esforços diários para cumprirem as suas obrigações e as instituições bancárias fecham qualquer hipótese de alternativa de solução.
Assim, através desta petição pretendemos que os encargos com as prestações dos créditos bancários, nomeadamente o crédito à habitação, com mais de dois anos e que estejam em atraso desde há dois anos até à presente data, sejam reduzidos em 20% ficando comum encargo de apenas 60% na respectiva mensalidade e assim se mantenham durante os próximos dois anos, até 2013, voltando então à mensalidade actual, possibilitando dessa forma a reestruturação do tecido familiar e a melhoria daqueles que sempre cumpriram e desejam continuar a cumprir, pois na generalidade as instituições bancárias já receberam os respectivos juros e não poderão evocar prejuízo