Petição Acabar com negligência médica no HOSPITAL EGAS MONIZ
Para: Hospital de Egas Moniz
A pneumologia do Hospital Egas Moniz é um passo para a morte dos doentes oncológicos pois, infelizmente, o responsável pelo serviço do mesmo é o Director Fernando Nogueira e a Doutora Helena Lucas (Directora do internamento). É inadmissível que, nos fins-de-semana, não exista um médico oncológico neste serviço. Existe apenas um médico de urgência para o Hospital inteiro, ou seja, se um doente necessitar de cuidados, o tempo de espera pode ser fatal. Falo por experiência própria, pois no espaço de um ano assisti a muitos internamentos do meu pai e observei inúmeros casos que me chocaram.
O meu pai não tem tido a sorte do lado dele, não lhe são prestados os cuidados necessários para o melhoramento em geral do seu estado de saúde. Embora seja uma doença grave tem direito a ser bem tratado e merece que invistam nele, pois tem apenas 41 anos.
Os médicos retiraram-lhe a fisioterapia justificando que já não era necessária. Desde esse dia o meu pai deixou de ter qualquer autonomia, sendo assim os seus dias passados no quarto, saindo apenas para visitas periódicas ao hospital. O cúmulo foi o seu médico, portanto, o Doutor Fernando Nogueira, ter recomendado, e cito: “a dar uns passinhos em casa”.
Fomos ao IPO com o meu pai onde foi atendido por outro médico. Este marcou exames urgentes por ser de sua opinião que, para um doente com uma neoplasia do pulmão a fisioterapia é fundamental para a sua condição.
Mais tarde, a minha mãe realizou uma petição e as retaliações da parte do Doutor Fernando Nogueira foram bastante visíveis.
O Doutor em causa voltou de Férias no dia 3 de Janeiro de 2010. Como habitual, um doente neste serviço é atendido, preferivelmente, pelo seu próprio médico quando este está a dar consultas. Mas este não foi o caso. O mesmo encontrava-se de serviço mas optou por não consultar o meu pai, pedindo a outra médica que o fizesse.
O meu pai é uma “bola de ping-pong” nas mãos destes médicos, nunca ninguém assume as responsabilidades. Ao aperceber-se desta situação, o meu pai recusou-se de novo a fazer o tratamento de quimioterapia, a sua vontade de viver diminuí de dia para dia por se sentir excluído. Todos os dias, observamos a sua desmotivação.
Conheci inúmeros doentes este ano, ao longo dos internamentos, no Hospital Egas Moniz, que ficaram ao abandono e que precisavam de ajuda, que acabaram por falecer. Trata-se de uma visão aterradora, principalmente quando nos apercebemos que um dos nossos familiares poderá ter o mesmo destino. Prever que o meu pai terá o mesmo tratamento que os outros doentes receberam, transtorna-me.
Alguém que ponha os olhos nesta vergonha e se responsabilize pelos seus actos! Não basta afirmar que um doente oncológico merece ter qualidade de vida e dignidade quando na prática não é o caso!
Não interessa a idade da pessoa e se há esperança ou não, até na morte tem que haver dignidade! O meu pai é um homem novo, e eu e a minha família precisamos dele.
Não consigo ficar impune e de braços cruzados perante tudo o que aconteceu e ainda está para vir. Criei esta petição como último recurso e peço a vossa ajuda, simplesmente, através da vossa colaboração ao assinarem.
Se alguém tiver interesse em rever o processo dele (Centro Hospital de Lisboa Ocidental)e ver as falhas sucessivas:
Nome: Carlos José Gil Moura
Proc nr: 29269002
DN: 10/06/1969
Dra. Ana Rolo – Médica da medicina física e reabilitação
Dra. Catarina – Terapeuta
Fazem parte da equipa de pneumologia, cujo director é o Dr. Fernando Nogueira, e nestes últimos tempos não têm sido profissionais e errado constantemente.
Obrigada pela atenção, Nádia Gonçalves Gil Moura.
