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Petição Revisão dos parâmetros de entrega da Dissertação de Mestrado em Arquitectura, Faup

Para: Exm.º Senhor Director da Universidade do Porto, exm.º Senhor Director da Faculdade da Arquitectura da U.P., Doutor Carlos Guimarães

Exm.º Senhor Director da Universidade do Porto, exm.º Senhor Director da Faculdade da Arquitectura da U.P., Doutor Carlos Guimarães


Em representação dos alunos do quinto ano do Mestrado Integrado em Arquitectura da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, vimos por este meio apresentar um problema presente no nosso curso e para o qual procuramos resolução.

Antes da entrada em vigor do programa de Bolonha, o currículo ocupava seis anos lectivos, sendo o sexto ano constituído por um semestre de estágio ou seminário e um semestre inteiramente dedicado à Prova Final. O curso acabou por ser reduzido para cinco anos, através de uma revisão curricular que não foi muito mais do que a sobreposição do quinto e sexto ano num só. O actualmente quinto e último ano permite frequentar diversas cadeiras que correspondem maioritariamente às do antigo quinto ano, com uma ligeira redução de carga de trabalho, a possibilidade de frequentar estágio ou seminário desapareceu, e a Prova Final foi substituída pela Dissertação de Mestrado Integrado, menos exigente, que se acumula às restantes cadeiras. Fala-se aqui em “ligeira redução” porque a unidade curricular mais exigente, Projecto 5 (que, inclusivamente, tem um maior peso na média do ano do que a Dissertação), se prolonga pelo ano lectivo inteiro, juntamente com três outras cadeiras. Apenas duas são semestrais e terminam no fim do primeiro semestre. E como qualquer aluno que se encontre a realizar a sua Dissertação poderá confirmar, trata-se de um trabalho que requer um período de pelo menos alguns meses de concentração e de reflexão, não se compadecendo com as exigências constantes das cadeiras de avaliação contínua como Projecto.
Para um aluno com possibilidades dentro da média, terminar o curso no número de anos estipulado significa menos um ano de despesas, e mais um ano a concorrer no mercado de trabalho. Como são poucos os alunos que podem efectivamente ignorar este facto, pensou-se que Bolonha viria trazer uma vantagem palpável aos alunos e às suas famílias. Contudo, e como vários professores e até mesmo pessoal dos serviços de secretaria mencionaram a vários alunos, fazer o curso em cinco anos “é muito difícil”. Parece ser da opinião geral que o novo currículo foi pensado para perpetuar o ciclo de seis anos do curso, obrigando os alunos a desdobrar o quinto ano em dois. Isto traz claros problemas não só a nível da integridade do currículo do curso e da imagem da Faculdade, mas também afecta os alunos em risco de prescrição e os alunos bolseiros - como a Dissertação é considerada uma cadeira como qualquer outra do quinto ano, um aluno que a deixe para o ano seguinte ou que não se inscreva sequer nela para a fazer num sexto ano, perde o direito às bolsas de estudo que lhe permitiriam sustentar-se nesse ano.

Seria importante efectuar uma nova revisão curricular do quinto ano, permitindo a conclusão de todas as cadeiras, incluindo Projecto 5, pelo menos dois meses antes do fim do ano lectivo, permitindo a realização de um trabalho de qualidade para a Dissertação. Caso tal revisão não se verifique, é essencial que futuramente se mantenha o alargamento, de 30 de Agosto para 30 de Setembro, do prazo de entrega da Dissertação na fase de recurso. Desta forma, os alunos têm uma hipótese real de concluir o curso nos cinco anos estipulados, sem se matricularem em mais um ano.
Outra medida, talvez a mais importante, solicitada é a criação de uma terceira fase de entrega, até ao final de Dezembro, para a qual não seja necessário pagar a totalidade das propinas desse ano lectivo, mas apenas umafracção estipulada de acordo com um critério claro (o número de créditos da Dissertação ou o tempo que demora a ser concluída, por exemplo). É muito estranho que, actualmente, alguém que queira passar uma pequena parte do ano a trabalhar para a Dissertação seja obrigado a pagar a totalidade das propinas, enquanto que alguém que repita o quinto ano porque reprovou a Projecto 5 pode pagar apenas um semestre (apesar de Projecto 5 ter a duração de um ano), desde que esteja a frequentar cadeiras num valor total de 37,5 créditos.
Esperamos que esta carta tenha clarificado o assunto e que permita a sua resolução, em prol do melhoramento da qualidade do curso.

Porto, 21 de Julho de 2010




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Esta petição foi criada em 22 julho 2010
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