Pelo reconhecimento da Fibromialgia como doença crónica
Para: Assembleia da Republica
Para quem não sabe a fibromialgia é uma doença que não tem cura, não tem tratamento e com o passar dos anos tende a agravar-se. Não há medicação 100% eficaz, apenas medicação ou tratamentos mais alternativos que atenuam a dor, física e psicológica. Afeta músculos, articulações e tendões causando grande impacto a nível músculo-esquelético, e pior ainda, a nível psicológico. Causa dores agoniantes, perda de força, massa muscular e a maioria dos pacientes ( a maioria mulheres, apesar de existirem já bastantes homens) fica incapacitada de efetuar as mais simples tarefas diárias. Quem convive diariamente com a doença sabe da dificuldade que é subir umas simples escadas, ou tão simples como levantar-se da cama. Os efeitos psicológicos são bem mais graves mas não tão visíveis pois os doentes fibromialgicos tem de lidar com o preconceito de uma doença que não se vê e é silenciosa, e sem diagnostico preciso. Afeta cada vez pessoas mais novas. São muitas vezes apelidados de preguiçosos e "hipocondríacos" pois são mais os dias em que a vontade de não sair da cama, ou do sofá é maior do que qualquer outra e todos os dias têm uma dor nova... mas infelizmente a realidade é essa, as dores estão lá todos os dias todas as horas e de dia para dia podem ser em diferentes localizações.
A nível psicológico há também efeitos nefastos como o dilema pessoal em que muitas pessoas vivem em que eram incrivelmente ativas e de um momento para o outro não tem força para nada, para alem de muitos outros transtornos que se vêm a manifestar.
A juntar a isto facto de muitas pessoas terem de deixar de trabalhar e apesar de se reconhecer que a doença existe não se reconhece para efeitos de incapacidade permanente ou para efeitos de reforma por invalidez.
Venho por isto apelar a que se reconheça a doença para que os doentes para alem de todos os contratempos a que ja tem de lidar coma doença e todo o preconceito que são vitimas, possam pelo menos ter um melhor acompanhamento, que sejam considerados doentes crônicos e tenham mais facilidade de acesso as incapacidades permanentes remuneradas
