Os Escoteiros da Ajuda não podem ficar sem sede
Para: Exmos. Senhores Presidente da Câmara Municipal de Lisboa; Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa
O 2.º Grupo da Ajuda é membro fundador do Movimento Escotista em Portugal - Associação dos Escoteiros de Portugal – a mais antiga associação juvenil portuguesa, sem fins lucrativos e de reconhecida utilidade pública, e está sediado na Calçada da Ajuda, n.º 228.
A sede do 2.º Grupo não foi tida em consideração aquando da realização do projeto para a Unidade de Execução da Ajuda (https://www.lisboa.pt/cidade/urbanismo/planeamento-urbano/ue-beta/detalhe/ajuda) que prevê a demolição da mesma, sem que seja salvaguardado o futuro do 2.º Grupo.
O 2.º Grupo é uma instituição centenária, fundada em 1912. São 108 anos de atividade ininterrupta, estando sediado na freguesia da Ajuda desde os anos 50 e nesta sede em particular desde 1956. Por ela já passaram milhares de membros e respetivas famílias e que ainda hoje são portadores de um sentimento de pertença difícil de igualar, porque são baseados num ideal que se transporta para toda a vida. De resto, a sua história é marcada pelo exemplo de credibilidade e responsabilidade, baseada no trabalho voluntário de dirigentes jovens, e dinâmicos, colocando incessantemente a freguesia da Ajuda e o Município no mapa do movimento juvenil, sendo merecedora de várias distinções que marcam a excelência da atividade levada a cabo. A nossa ação não se limita ao âmbito escotista, sendo a nossa sede utilizada diariamente pela comunidade da Escola Voz do Operário com a qual desenvolvemos um protocolo de utilização do espaço para recreio e eventos e que será também afetada pela demolição do espaço prevista.
A sede do 2.º Grupo tem sido alvo de recorrentes e dispendiosos melhoramentos e manutenções assumidos na sua esmagadora maioria pelo grupo através das suas quotizações e angariações de fundos para o efeito, que garantem que o espaço se encontra em condições para a sua regular utilização.
Entendemos a necessidade de reestruturar e modernizar a Freguesia, concordando com os objetivos de fixação de residentes e contribuição para dinamizar a vivência urbana local. No entanto, a requalificação urbana não pode ser feita obliterando a comunidade que está enraizada no local. O plano apresentado deve tomar em consideração as entidades que vai despejar, designadamente com a previsão de soluções de futuro que não deixem na rua mais de 80 jovens que semanalmente ali realizam as suas atividades. A demolição da nossa sede terá um impacto significativo na nossa ação, e não queremos perder o nosso papel na comunidade.
A tua assinatura pode fazer a diferença! Ajuda-nos a não perder a nossa sede!