Petição Madeira - Animais não incluidos no realojamento
Para: Governo Ragional da Madeira
Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional da Madeira,
Por se tratar de uma calamidade que atingiu também os animais de estimação, reproduzo a notícia abaixo. Solicitamos a V. Exa. que através do seu governo encontre uma solução alternativa para o abandono em que estes animais se encontram e a tristeza que sentem por não terem a protecção dos seus donos.
"Muitas das famílias que devido ao temporal ficaram sem casa, estão também a ficar sem os seus animais domésticos. Isto porque, ao serem realojadas em apartamentos, muitos são os condomínios que proíbem a permanência de cães nos andares e as famílias são forçadas a 'deixar para trás' os animais de companhia.
Fátima Gonçalves, responsável pela associação PATA, diz que já não há mais capacidade em termos de espaço para acolher mais cães que também perderam o seu lar no passado dia 20 de Fevereiro. "Acolhemos três cães e já tivemos pelo menos outros 10 pedidos, mas não temos possibilidades para ajudar", afirma. Fátima Gonçalves diz ainda que tem conhecimento de famílias que conseguiram entregar os seus animais a pessoas de confiança, familiares e amigos que rapidamente se disponibilizaram a ficar com os cães e gatos. Porém, muitos não têm essa sorte. Entre algumas das famílias que 'perderam' a casa no temporal e que estão a ter por isso acompanhamento psicológico, o facto de não poderem ter os seus animais de companhia nos novos lares tem sido levantado como factor acrescido de ansiedade, diz ainda.
"A situação é complicada", afirma a responsável pela PATA, porque se as pessoas não conseguem uma instituição ou alguém que possa acolher os animais, acabam por ter de os abandonar, mesmo sem querer. Aliás, é exactamente isso que Fátima Gonçalves acredita que aconteceu com os três cães que recentemente apareceram junto ao MadeiraShopping. São animais jovens, bem tratados e alimentados e um deles tem mesmo uma coleira e uma corrente partida. Tudo isto é sinal de que, mesmo recentemente tiveram dono, alguém que cuidou dos animais, mas que por alguma razão teve de parar de o fazer. A responsável pela PATA gostaria de ter possibilidade de os acolher antes que algo de mal aconteça, mas não tem mesmo condições de o fazer."
por Ana Luísa Correia em Diário de Notícias (DNOTICIAS.pt)
É com esta notícia, retractando o que se passa na Madeira com estes animais, que vimos pedir para que as autoridades responsáveis pelo processo de realojamento pós-temporal comecem também a pensar em soluções para os animais domésticos que acompanham estas famílias.
Sugere-se que o governo autorize temporariamente que os animais premaneçam junto dos seus donos até que a situação esteja devidamente regularizada.
Aguardamos a V. melhor atenção e sensibilidade para este assunto.
