Petição Abolição das Bandarilhas nas Touradas
Para: Todos
Se aqui chegou a esta petição, saiba que esta petição é um meio termo para aquilo que tem como finalidade pretendida. Que não existam dúvidas, para o autor desta petição bem como para os seus signatários, o que se quererá concretizado será a abolição das touradas, bem como restantes "espectáculos" em que se utilizam animais para divertimento do público em um futuro próximo.
Mas como espero mostrar aquele que decide ensacar em um saco partindo por uma base errónea que os signatários seguintes não são terroristas extremistas (também por ele chamados de “talibãs”, palavra que na sua origem significa “o estudante”) e que podem conviver com uma regra intermédia até que surjam “novos tempos” (que não serão tardios).
Devo acrescentar, que muitos dos seguintes signatários não se enquadram na óptica daqueles que ensaca, que defendem valores éticos, e que não estão em cada matadouro a impedir o sacrifício de animais porque não é possível chegar ao último patamar sem passar pelas escadas. Então comecemos pela primeira escada. A primeira escada determina a abolição completa das bandarilhas sangrentas que são barbaramente cravejadas na carne do touro. Como isto se trata de um prédio demasiado alto chamado de Portugal, queremos pelo menos chegar ao primeiro patamar, onde a matança com tortura não existe. No último andar, ninguém necessitará de consumir animais (tal e qual como muitos signatários seguintes já o fazem ) e onde todos serão bondosos com os seres sencientes de patas e mãos.
Mas comecemos pelo primeiro andar. Vamos abolir as bandarilhas das touradas.
Vamos esquecer as tradições, e vamos lembrar sim em evoluir sem passado nem futuro, onde existe apenas o presente, sem medo de perda de identidade, em que cada qual deverá ter apenas a identidade de si próprio.
Já o já referido “ensacador”, interpela os activistas como terroristas (e até de analfabetos) e incita que os mesmos atacam ferozmente aqueles que a tourada defendem, e olha para um animal que de tão igual é a ele como a imagem que o touro vê no fim da sua vida, um símbolo do medo e da morte. Mais ainda exemplifica com exemplos passados, como os Espartanos (conhecidos por terem realizado infanticídios, onde os meninos acabados de nascer, ao mais pequeno defeito eram arremessados e descartados), quem sabe um dia não quereria ver na arena já não um touro (para ele um ser inferior) mas sim um ser humano.
Ainda argumenta este e outros ainda, que se as touradas terminarem os touros terminam, quando tanto olhamos para o cavalo, que ainda o vamos vendo no pouco território natural que temos deixado, muito depois do aparecimento do carro.
Eu ainda deixo o seguinte pensamento, sejamos por um momento o pai do touro, será que quereremos que o nosso filho seja um dia vítima de maus tratos para exibição de alguns, apenas para assegurar o continuar da nossa espécie?
Mas procuremos subir um degrau de cada vez, comecemos pela abolição das bandarilhas sangrentas.
Dizem ainda que não existe morte na arena, apesar de existirem excepções, não sendo só em Barrancos (que ainda faz parte de Portugal), será pela calada, e que não seja na arena, sendo só depois de terem sido vitimados para exibição pública, mudará alguma coisa?
Mas procuremos subir um degrau de cada vez, comecemos pela abolição das bandarilhas da humilhação dolorosa.
A dor que dizem que não sentem, mas nunca vimos ninguém a perguntar ao touro se o mesmo estava bem com a bandarilha cravada, ou se pretendia até que fosse continuado o cravejo público.
Mas procuremos subir um degrau de cada vez, comecemos pela abolição das bandarilhas das touradas.