Petição UM REFERENDO QUE NOS IMPÕEM!
Para: Todos os Portugueses
BASTA! HÁ QUE ENFRENTAR A DISCRIMINAÇÃO
DA «UNIÃO EUROPEIA» FACE A PORTUGAL
É TEMPO DE PREPARAR UM REFERENDO SOBRE
A NOSSA PRESENÇA NA «UNIÃO EUROPEIA»
A situação criada por dezenas de anos de incúria, com responsabilidade de toda a classe política e dos vários partidos de governo, a inconsciência de políticas que se limitaram a sustentar com recurso ao crédito sucessivo e perigosamente crescente a deficiente capacidade da nossa economia é o princial factor da actual crise. Essas políticas revelaram-se, afinal, mentirosas e insustentáveis. Não era já possível continuar a «varrer para debaixo do tapete» e o inevitável aconteceu.
O recurso à assistência internacional da 'Troika' teve de ser negociado em condições gravosas, altamente lesivas das nossas próprias possibilidade de pagamento de uma monstruosa dívida, que não cessa de aumentar.
SÓ PODEMOS RESISTIR AO DESCALABRO...
Ao fim de quase dois anos de intervenção, reformulado e agravado o memorando da 'Troika' por imposição de carências entretanto reveladas, verificou-se a falência total das políticas com terríveis resultados no desemprego e uma recessão profunda e persistente. A situação vai revelando a nossa fraqueza e a incapacidade de fazer face aos compromissos a prazo, dado o elevado nível de dívida, pública e privada, apesar de iniciativas enganosas para tentar criar a confiança nos credores e entre os próprios portugueses.
Nestas condições, só uma reavaliação e medidas enérgicas de reajustamento das responsabilidades a que Portugal tem de fazer frente podem evitar o estrangulamento total.
Nessa medida, e conforme publicamente tem vindo a ser considerado, é fundamental obter condições menos gravosas. Neste quadro recessivo, não há paliativos - é preciso obter o máximo possível de restruturação das nossas responsabilidades. O que é do interesse de Portugal e, também, dos nossos credores. Entretanto, O exemplo da Grécia, que beneficiou de medidas radicais de reorganização, calendarização e reajustamento de juros, é incontornável. Ainda que tenha sido referida a «inoportunidade de uma comparação», recordemos as recentes declarações de Fernando Ulrich, que não teve dúvidas em referir que «se fossem aplicadas a Portugal as mesmas condições», haveria uma poupança de 15.000 milhões de euros em juros e despesas da dívida...
...COM UMA REDEFINIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CUMPRIMENTO, DE PRAZOS, VALORES E JUROS!
A nós portugueses compete-nos lutar pelos nossos interesses, para evitar a destruição social. Entretanto a responsabilidade da UE no desenvolvimento desta situação, foi, e é, também incontornável, desde a origem, pela dissipação que criou no nosso sistema produtivo e pela atribuição quase cega de subsídios que outra intenção não tinham senão comprar os nossos empresários e substituir as nossas estruturas económicas autónomas. Podemos hoje dizer que a integração de Portugal - e de muitos dos chamados «países periféricos» foi um negócio que nos arruinou, com única vantagem para as potências económicas do centro da Europa. Esta é uma Verdade hoje indiscutível!
Temos de exigir que Portugal possa conseguir obter novas condições de prazos e juros, caso contrário será inevitável o incumprimento, gravoso para todos. Porém, há que ultrapassar todas as resistências - e, para tal, há agir energicamente, pois não temos alternativa! Se se confirmar que as «instituições da UE» se opõem a esta reavaliação e reestruração, há que estar à altura - há que fazer escolhas decisivas!Para além dos interesses dos nosso credores está a vida dos portugueses e há que encarar decididamente as alternativas necessárias,
Para reduzir e vencer a resistência das Instituiçõe de Bruxelas, para obter novas condições próximas das que a Grecia recebeu, teremos de assumir pôr em causa a nossa integração na UE – única forma credível de lutar contra a falta de solidariedade europeia! Vamos exigir, finalmente, a realização de um Referendo sobre a nossa continuidade na «União Europeia», única e expressiva forma de fazer ver a Bruxelas que... Assim, Não!
