Em defesa da Escola Pública

Nós, pais, encarregados de educação e demais subscritores, vimos por este meio, dar a conhecer a nossa posição face à proposta de fim de retenção dos alunos até ao 9º ano.
Enquanto pais e encarregados de educação de alunos do ensino público, plenamente conscientes de que a Educação é o pilar de qualquer sociedade desenvolvida, exigimos uma educação rigorosa e capaz de dotar os nossos educandos com os conhecimentos e as ferramentas necessárias para serem bem sucedidos numa Europa cada vez mais exigente e competitiva.
Não podemos deixar de relembrar a V. Exas. parte do prefácio do documento ‘Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória’, que passamos a citar, ‘Perante os outros e a diversidade do mundo, a mudança e a incerteza, importa criar condições de equilíbrio entre o conhecimento, a compreensão, a criatividade e o sentido crítico. Trata-se de formar pessoas autónomas e responsáveis e cidadãos ativos.’
Repudiamos, assim, e não permitiremos qualquer tentativa de implementação de estratégias economicistas, que não atuem no sentido de formar cidadãos ativos, responsáveis, empenhados, esforçados, dedicados, autónomos, dotados de conhecimento, de pensamento e de espírito críticos, de capacidade de iniciativa e de resolução de problemas, mas que visem uma, ainda maior, destruição da Escola Pública.
A responsabilidade da falta de trabalho, de empenho, de esforço e da desvalorização da aprendizagem por parte dos alunos, que levam à retenção, resulta exclusivamente da ineficácia das estratégias promotoras do facilitismo que os diferentes governos vêm implementando há demasiados anos.

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