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Suspensão Imediata dos Cortes de Árvores na Quinta dos Ingleses

Para: Exmos. Senhores Eng. Nuno Pereira de Sousa, Presidente do Conselho de Administração da Alves Ribeiro S.A., Dr. Paul Morgan, Headmaster da St. Julian´s School, Sr. Dr. Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, CC. aos Exmos. Sra. Eng. Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente, Sr. Dra. Maria Lúcia Amaral, Provedora de Justiça Sr. Dr. José Pimenta Machado, Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Sr. Dr. Nuno Banza, Presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Sr. Tenente-coronel Ricardo Vaz Alves, dirigente do Serviço de Proteção da Natureza

Eng. version below
[N.A.: Serve a presente para divulgação após enviada aos promotores Alves Ribeiro SA, St. Julian´s School, autarquia de Cascais e cc ao Ministério Ambiente, Provedoria de Justiça, APA, ICNF e SEPNA]

É com profunda preocupação pelas súbitas ações de corte de árvores na Quinta dos Ingleses, iniciadas a 11.04.2025, que alertamos para o elevado impacte negativo ambiental e paisagístico, bem como na qualidade de vida em Carcavelos, com perdas irreparáveis tanto para população local, como para a região da Grande Lisboa.

Nós, cidadãos de Carcavelos, cascalenses e apoiantes da causa pelo resgate integral do espaço verde da Quinta dos Ingleses, exigimos que suspendam de imediato o abate extensivo e indiscriminado de árvores, pelos seguintes motivos:

a) Está em curso uma ação judicial e o recurso de uma providência cautelar que reclamam a importância da conservação do património natural e não foram ainda tomadas decisões finais sobre os mesmos. Não há fairplay para aguardar as decisões do tribunal, respeitando-se o direito de os cidadãos questionarem judicialmente uma decisão de grande impacto como é o PPERUCS?

b) Estamos na primavera, em pleno período de nidificação, polinização e florescimento, quando a regeneração da fauna e flora estão no seu auge e milhares de árvores e solo permeável da Quinta prestariam os seus bons serviços ecológicos com impacto não só na freguesia, mas na região da grande Lisboa.

c) Com a tempestade Martinho, perdemos milhares de árvores e a resiliência do ecossistema em Cascais ficou inegavelmente mais débil. Precisamos de reforçar e não reduzir o número de árvores no concelho.

d) Conforme placa informativa da promotora das obras Alves Ribeiro S.A. no portão da Quinta, foi a população informada de que os trabalhos em execução, reiniciados em janeiro de 2025 e com prazo de execução de 24 meses, incidem na construção do estacionamento de apoio à praia e do parque urbano, arruamentos e infraestruturas parciais. Parece-nos claro que o estacionamento de apoio à praia e o parque urbano estão circunscritos a áreas especificas da Quinta, nomeadamente em zona predominantemente de prado de sequeiro e terra batida, e que o projeto do parque urbano será dos poucos elementos com menor impacto na redução do coberto florestal. Como justificar os recentes abates em diferentes áreas da Quinta?

e) Por último, relembramos que a Assembleia da República, na sua deliberação n. 208/2021, recomendou ao governo que, em estreita colaboração com o município de Cascais, se classifique a Quinta dos Ingleses como «Património Paisagístico de Interesse Local», sendo que a sua salvaguarda estaria em absoluta sintonia com a política ambiental e de proteção da orla costeira do concelho de Cascais, com a Lei de Bases do Clima, o Plano de Ordenamento da Orla Costeira e a recém-aprovada Lei do Restauro da Natureza.

Pelas razões expostas, o abate abrupto de centenas ou milhares de árvores parece-nos absolutamente injustificável e reiteramos o nosso apelo: suspendam de imediato o corte de árvores na Quinta dos Ingleses!

Que haja justiça plena. Justiça por uma genuína democracia em que as instituições públicas e privadas, assim como as empresas, respeitam o diálogo e os mais elevados valores ambientais, de educação e transparência, ética e cidadania participativa.

Aos 14 de abril de 2025.

Gratos e com os melhores cumprimentos.

Os subscritores iniciais
João Filipe Figueiredo Sousa
Silvie Lee Lai
Maria de Lourdes Pereira da Costa
José António Coelho Martins
Pedro Moro Flores
Rui Miguel Alcides Correia
Luís Miguel Mendes Gomes Ribeiro de Almeida
Beatriz Figueiredo Sousa
Regina Frank
Carlos Eduardo Arraiolos
Beatriz Pereira da Costa Fernandes
Filipa de Sousa Mendonça Leandro
Ana Berhan da Costa
Ana Filipa Osório Candeias
Sara Alexandra L. Jacinto

_________

[A.N.: The below letter is for dissemination after being sent to the promoters Alves Ribeiro SA, St. Julian's School, Câmara Municipal de Cascais and cc to the Ministry of the Environment, Justice Ombudsman's Office, Agência Portuguesa do Ambiente, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas and Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente]

Dear Mesdames and Sirs,

It is with deep concern about the sudden tree cutting actions at Quinta dos Ingleses, which began on the 11/04/2025, we are warning of the danger of the highly negative impact on the environment and landscape, as well as on the quality of life in Carcavelos, with irreparable losses for both the local population and the Greater Lisbon region.

We, citizens of Carcavelos, Cascais residents and supporters of the cause for the complete rescue of the green space of Quinta dos Ingleses, demand that the extensive and indiscriminate felling of trees be immediately suspended, for the following reasons:

a) There is an ongoing legal action and an appeal of a precautionary measure that claims the importance of conserving natural heritage and no final decisions have yet been made on them. Shouldn’t there be fair play to await the court's decisions, respecting the right of citizens to judicially question a decision of great repercussion such as PPERUCS?

b) It is Spring, in the middle of the nesting, pollination and flowering period, when the regeneration of fauna and flora is at its peak and thousands of trees and permeable soil on the Quinta would provide their good ecological services with an impact not only on the town, but on the greater Lisbon region.

c) From the Martinho Storm, we lost thousands of trees and the resilience of the ecosystem in Cascais is undeniably weaker. We need to strengthen and not reduce the number of trees in the municipality.

d) According to the information board of the developer Alves Ribeiro S.A. displayed on the main gate to the Quinta, the population was informed that the work being carried out, restarted in January 2025, and within the period of 24 months, are related to the beach parking area and the urban park, partial roads and infrastructures. It seems clear to us that the both aforementioned areas are limited to specific areas of the Quinta, namely to the area predominantly of dryland meadow and beaten earth, and that the urban park project will be one of the few elements with the least impact on the reduction of forest cover. How can the recent tree fellings in the different areas of the Quinta be justified?

e) Finally, we recall that the Legislative Assembly, in its deliberation no. 208/2021, recommended to the government that, in close collaboration with the Câmara Municipal de Cascais, Quinta dos Ingleses be classified as a “Landscape Heritage of Local Interest”, and its safeguarding would be in absolute harmony with the environmental and coastal protection policy of the municipality of Cascais, with the Climate Framework Law, the Coastal Area Management Plan and the recently approved Nature Restoration Law.

For the reasons explained, the abrupt felling of hundreds or thousands of trees seems absolutely unjustifiable to us and we reiterate our appeal: immediately suspend the felling of trees in Quinta dos Ingleses!

May there be full justice. Justice for a genuine democracy in which public and private institutions, as well as companies, respect dialogue and the highest environmental values, education and transparency, ethics and participatory citizenship.

On 14th April, 2025.

Thank you and best regards.

Initial subscribers
João Filipe Figueiredo Sousa
Silvie Lee Lai
Maria de Lourdes Pereira da Costa
José António Coelho Martins
Pedro Moro Flores
Rui Miguel Alcides Correia
Luís Miguel Mendes Gomes Ribeiro de Almeida
Beatriz Figueiredo Sousa
Regina Frank
Carlos Eduardo Arraiolos
Beatriz Pereira da Costa Fernandes
Filipa de Sousa Mendonça Leandro
Ana Berhan da Costa
Ana Filipa Osório Candeias
Sara Alexandra L. Jacinto

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Esta petição foi criada em 14 abril 2025
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