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Um Pavilhão no Parque de São Caetano, não!

Para: Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso,

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia,
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso,

Tendo como base as informações divulgadas na apresentação pública do projeto do novo Pavilhão Municipal de Vilar do Paraíso, elabora-se a seguinte reflexão:
coloca-se em causa o local de implantação do Pavilhão e não a sua necessidade, embora se desconheçam estudos de impacto social e de ruído que sustentem a sua construção.


O PARQUE DE SÃO CAETANO
- Sentimento de perda; uma oportunidade desperdiçada de renovação de um “pulmão verde”, ao ar livre, desimpedido e de reunião da freguesia -

- É o único espaço verde a céu aberto de reunião na freguesia que consegue funcionar como arena e palco de diversos eventos ao ar livre.

- O verdadeiro imaginário coletivo do lugar é a bancada voltada para um espaço aberto, onde se pode assistir às marchas de São João, ao fogo de artifício de São Caetano, a missas campais, a corridas de carros antigos e até a “jogos sem fronteiras”, etc.

- Pensar o Parque de São Caetano como um todo é mais do que limitar a área de intervenção a 8600 m2. Ele é composto por uma estrutura de espaços integrados como a alameda, a capela e os seus adros, a plataforma superior, o parque infantil, o restaurante, a bancada, a plataforma inferior, os ribeirais e os seus caminhos de acesso.


RELAÇÃO DO PROJECTO COM O LUGAR
- Um “pavilhão tipo” implantado num lugar único -

- A implantação do pavilhão não cria diálogo com o espaço onde se insere, mas impõe-se nele, numa lógica de ocupação da zona do rinque como o único espaço disponível para a dimensão do pavilhão que se pretende implantar. Resultaria dessa opção:
- Um conjunto de espaços sobrantes em torno do pavilhão, em detrimento da sensação de espaço único e aberto sentida atualmente;
- O polidesportivo ao ar livre, que é a essência da atual cota inferior do Parque, ficaria relegado para as “traseiras” do pavilhão, pelo que o espaço de livre acesso se tornaria pouco visível e distante dos locais de entrada e saída do recinto;
- A relação da bancada existente com o rinque seria destruída, tornando-se, assim, um elemento obsoleto e com visibilidade para a fachada e cobertura do novo edifício;
- Da mesma forma, a paisagem que é possível avistar do restaurante e da cota superior do Parque transformar-se-ia na contemplação da cobertura de um pavilhão, dada a proximidade do edifício.

- O espaço Poente seria alterado na sua escala e na sua estabilidade, na medida em que:
- A vista sobre toda a plataforma inferior do Parque seria substituída pela parede Poente do pavilhão, com cerca de 7 metros de altura e duas portas;
- O espaço perderia estabilidade pelo atravessamento do percurso em saibro previsto, que o dividiria em duas zonas, atrapalhando a convivência de uma prática de corrida ou caminhada com eventos que ali se pudessem realizar.

- Questiona-se a ausência de uma pista perimetral concreta para a prática diária de corridas e caminhadas, a qual constitui um dos principais atrativos quotidianos do parque de São Caetano.

- É questionável a opção por paredes de betão, de 3 metros de altura, em todo o perímetro do pavilhão, sem qualquer promoção de relação visual entre o interior e exterior do edifício, olhando à beleza da sua envolvente, principalmente à zona verde a Poente.


ACESSO E UTILIZAÇÃO
- Hoje: 100% de área com livre acesso. No projeto: 77% de área com livre acesso -

- Um pavilhão municipal colocaria, naturalmente, questões de restrição de acesso, ao contrário da utilização livre e gratuita que hoje se verifica na totalidade do espaço.

- À semelhança de outros pavilhões municipais, que apresentam uma agenda densamente preenchida, questionar-se-ia a disponibilidade deste novo equipamento à utilização dos vilarenses.

- Perante uma nova bancada interior de 275 lugares e 4 campos de jogo, que poderiam funcionar em simultâneo, os 13 lugares de estacionamento previstos, acrescentando os criados na Rua das Pedreiras, não dariam resposta aos picos de utilização da infraestrutura. Destaca-se o possível congestionamento dos acessos de um conjunto de espaços tendencialmente verdes e desimpedidos como o Parque de São Caetano, ou mesmo os adros da Capela.


PROPOSTAS ALTERNATIVAS
- Um pavilhão municipal fechado não constitui a única alternativa a um polidesportivo degradado -

- Potenciar o Parque de S. Caetano como um espaço verde, tendencialmente aberto, que se assuma como um verdadeiro parque verde da freguesia e do município, tendo em atenção a rearborização de alguns locais.

- Equacionar possíveis expansões da área do Parque que até possam permitir a implantação sustentável de uma nova infraestrutura.

- Manter sempre a relação entre um espaço aberto (atual rinque) e os restantes: a bancada, o espaço de merendas e a nova entrada pela Rua das Pedreiras.

- Apostar numa ciclovia e via pedonal que construa “pontes” entre o Parque de São Caetano e outros espaços da freguesia, no sentido de convidar à sua vivência e o tornar mais presente no dia-a-dia dos vilarenses.

- Beneficiar da posição de convergência do Parque (pois possui vários acessos, por diversas ruas, que unem duas partes da freguesia) e transformá-lo num verdadeiro ponto de encontro ao ar livre.

- Criar condições para que o Parque possua uma frequência diária, diversificada e prolongada, evitando os eventos fugazes que se concretizam na saída de um carro e entrada num pavilhão e vice-versa. Isso poderia ser assegurado através de infraestruturas que funcionem como âncora do dia-a-dia, tais como: um quiosque, um café, uma ciclovia e até uma via pedonal que ligue os ribeirais ao centro cívico da freguesia.


Por todas as razões acima enumeradas, os subscritores exigem que o projeto seja repensado.

(A convite da própria Junta de Freguesia de Mafamude e Vilar do Paraíso, e com o incentivo dos subscritores, apela-se a que todos os vilarenses e mafamudenses se desloquem ao Salão Nobre da Junta de Freguesia em Vilar do Paraíso, entre 27 de Junho e 12 de Julho, durante o horário de funcionamento da secretaria, no sentido de consultar o projeto e facultar o seu contributo.)

Os subscritores,

Ana Rita Ferreira Sousa
António Fernando Henriques Teixeira
António Joaquim Ferreira
António Manuel De Moreira Pereira
António Manuel Rodrigues de Barros Coutinho
Armando António Gomes Ferreira De Miranda
Augusto Bernardino Moura Pereira Nunes
Carla Rafaela Pereira Gonçalves
Fernando Luís Silva Pimenta
Firmino Joaquim Coutinho De Oliveira Gomes
Hélder Alberto Pereira Gonçalves
Hugo André Ferreira Carneiro
Hugo Manuel Ferreira Sousa
João Pedro Pinto Duarte
Joaquim Alberto Borges Pimenta
José Pedro Da Costa Lima
Luís Miguel Pinto Correia
Maria José Negócio Simões Moura Lopes
Maria João Fernandes Magalhães Correia
Miguel Joaquim Da Rocha Castro
Narciso Manuel Coelho Pereira
Paulo Jorge Moura Lopes
Pedro Miguel Teixeira Coutinho
Rosa Armanda Silva Ferreira Sousa
Rui Pedro Labrincha Azevedo
Rute Liliana Da Silva Cardoso
Sara Raquel Rodrigues Magalhães
Susana Alexandra Ferreira Carneiro
  1. Actualização #1 Encerramento

    Criado em 12 de julho de 2019

    A petição será entregue hoje, dia 12.07.2019, às entidades a quem é dirigida.




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Esta petição foi criada em 19 junho 2019
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