Major General Jaime Neves no Panteão Nacional
Para: Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República
O Senhor Major General Jaime Alberto Gonçalves das Neves, mais conhecido por Jaime Neves, teve um papel primordial por duas vezes em prol da democracia. Participou activamente na revolução de 25 de Abril e mais tarde, a 25 de Novembro de 1975, foi um dos principais intervenientes no processo que pôs um ponto final no caminho que o País fazia rumo a uma ditadura comunista, quando era Tenente Coronel, graduado em Coronel e comandava o Regimento de Comandos.
Foi promovido a major-general, por proposta do Exército e com a aprovação das chefias de todos os ramos das Forças Armadas e após sugestão de António Ramalho Eanes e Vasco Rocha Vieira.
A promoção teve como base o seu papel durante o 25 de Novembro que colocou um fim ao Processo Revolucionário em Curso, "tendo em conta o papel muito relevante que Jaime Neves teve para evitar que Portugal caísse numa ditadura comunista", além de "garantir que Portugal seguia no sentido do pluralismo, da democracia e da liberdade de expressão". As chefias militares consideraram que o seu "mérito e os serviços prestados à Pátria" justificam a "promoção por distinção".
A promoção a Major-General foi confirmada pelo 19.º Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, a 14 de Abril de 2009.[4]
Morre a 27 de janeiro de 2013, no Hospital Militar Principal, em Lisboa.
Tratando-se de alguém que por zelo e amor à Pátria, contribuiu para que Portugal seja uma democracia, entendemos ser obrigação da Nação que lhe seja prestada homenagem de forma a que os seus restos mortais sejam transladados para o Panteão Nacional.