A Obrigatoriedade do Exame Nacional de Português para Estudantes do 12º ano
Para: Ministério da educação, Assembleia da República
Nós, os abaixo-assinados, apelamos à revogação imediata da obrigatoriedade do Exame Nacional de Português para os alunos do 12º ano como condição para o acesso ao ensino superior. Consideramos esta medida injusta, desproporcional e potencialmente antidemocrática, comprometendo o futuro dos alunos e afastando-os da língua portuguesa, ao invés de promover o seu interesse e valorização.
Antidemocrático e Injusto:
Esta política impõe uma prova uniforme a todos os alunos, sem ter em conta as suas áreas de estudo ou vocações individuais. Isso desrespeita a liberdade de escolha e as diferenças nas competências e interesses dos jovens. Um sistema educacional democrático deve proporcionar aos alunos a capacidade de seguirem as suas paixões e talentos, em vez de forçá-los a cumprir uma regra generalizada que não reflete as suas realidades académicas e profissionais. Obrigar todos os alunos, independentemente da área de estudo, a realizarem este exame como critério de acesso ao ensino superior não promove uma educação justa e inclusiva.
Afastamento da Língua Portuguesa:
A medida pode ter o efeito contrário ao pretendido. Ao invés de fomentar o gosto pela língua portuguesa, esta obrigatoriedade pode gerar aversão e pressão, especialmente entre aqueles que se especializam em áreas como ciências, tecnologia, artes ou outras disciplinas que não exigem um elevado domínio do português. A melhor forma de despertar o interesse pela língua não é obrigar os alunos a fazerem um exame, mas sim proporcionar experiências educativas motivadoras e relevantes para os seus contextos e futuros profissionais. Tornar o exame uma barreira pode transformar o português num obstáculo, em vez de uma ferramenta cultural e comunicacional.
Risco para o Futuro dos Estudantes:
Esta política coloca em risco o futuro académico e profissional de milhares de jovens. Alunos que tenham talento e vocação em áreas como ciências, engenharia ou artes podem ver o seu acesso ao ensino superior comprometido, não pelo seu desempenho nas áreas de estudo relevantes, mas por uma avaliação de português que não reflete as suas competências chave. Isto cria um ambiente de injustiça, onde os estudantes são avaliados por um critério que não é essencial para as suas carreiras futuras, dificultando o seu progresso académico e profissional.
Exigimos que o Ministério da Educação e a Assembleia da República reavaliem esta medida e considerem soluções mais justas e adaptadas à realidade dos estudantes. Acreditamos que um sistema educacional mais inclusivo e flexível é fundamental para garantir que cada aluno tenha a oportunidade de desenvolver o seu potencial nas áreas em que mais se destacam, sem ter o seu futuro condicionado por um exame que não reflete as suas aptidões e interesses.
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