Estágios Obrigatórios Nutrição Semi-Presencial UVA
Para: Coordenação do Curso de Nutrição Semi-Presencial da Universidade Veiga de Almeida
Nós, alunos veteranos do curso de nutrição semi-presencial da Universidade Veiga de Almeida, nos reunimos e viemos, por meio desta, expressar nossa grande preocupação (e insatisfação) com relação à organização e baixo engajamento por parte da instituição nos três estágios obrigatórios previstos na grade curricular.
Começando pelo primeiro estágio obrigatório, em UANs, a ser concluído no final de junho, constatamos que a grande maioria de nós, com raras exceções, fez um estágio meramente burocrático, no sentido de que cumprimos as exigências de horas, preenchemos os formulários e entregaremos o relatório final. Isto posto, é com tristeza e um forte sentimento de frustração que percebemos que vivenciamos essa experiência nas diferentes UANs que nos acolheram sem ter tido qualquer tipo de supervisão de nutricionistas profissionais. Foram longas e duras 180 horas sem apoio, sem acompanhamento, sem orientação ou atenção da instituição.
Não queremos ser injustos, tivemos, sim, as aulas preparatórias com a querida professora Samira, mas, na prática, e este é o feedback da esmagadora maioria de nós, fomos colocados em nossas respectivas UANs sem o devido planejamento. Por isso, repetimos, foi um estágio acima de tudo burocrático. Claro que tiramos boas lições de muita coisa, claro que temos que nos virar e nos esforçar e ir além do conteúdo fornecido, mas em se tratando de um curso de graduação da área de saúde, a falta de apoio da instituição nos causa grande preocupação.
Os poucos casos de colegas que tiveram boas experiências e que tiveram acompanhamento de nutricionistas não se devem à instituição e sim aos esforços pessoais de cada um. Não tivemos supervisão de nutricionistas em nenhuma das 180 horas de estágio obrigatório. Olhando para outras instituições de ensino superior do mercado, e até mesmo para a própria Veiga de Almeida na modalidade presencial, fica claro que as coisas são bem diferentes e muito mais organizadas e planejadas para que os alunos tenham bom proveito e de fato aprendam.
Infelizmente chegamos à etapa final do nosso estágio em UANs com um amargo sabor na boca, cientes de que não recebemos a atenção que todo aluno, não importando se de uma universidade pública ou privada, merece receber.
Mas agora é hora de seguirmos adiante e já pensar no próximo estágio. E aí nos perguntamos, como será esse próximo desafio? A instituição está ciente de que a maioria de nós trabalha durante a semana e, portanto, precisamos estagiar no fim de semana? Quando nos matriculamos ouvimos da instituição que teríamos essa demanda atendida, é isso mesmo?
Pelo pouco que sabemos, o próximo estágio deverá ser iniciado em agosto. E perguntamos, a Veiga está pensando e se planejando para essa próxima fase? A Veiga mantem convênios com clínicas, consultórios e afins para que nos recebam da maneira adequada, de forma que tenhamos preceptores ou nutricionistas responsáveis nos supervisionando e nos impulsionando para que possamos avançar? A Veiga, repetimos, está ciente de que muitos de nós (somos 35 veteranos no total) não têm disponibilidade para estagiar em dias úteis? Uma pergunta bem básica, é aceitável ou razoável fazermos um estágio sem a presença, ainda que por tempo regular limitado, de um profissional in loco supervisionando o andamento do estágio?
Concluímos este manifesto de forma prática e objetiva. Gostaríamos de receber uma resposta da coordenação, nos trazendo resultados concretos de avanços na organização do próximo estágio, atendendo às particularidades de uma turma semi-presencial, ou seja, formada, pelo menos em grande parte, por pessoas que não dispõem de tempo durante a semana, e fornecendo opções com a presença de preceptores para todos os locais de estágio até o dia 15 de junho. Após essa data, caso não tenhamos um posicionamento claro e efetivo por parte da coordenação, avançaremos com nosso pleito rumo a instâncias superiores dentro da instituição, uma vez que já perdemos muito tempo nessa formação que, lamentavelmente, se mostra mais e mais enfraquecida.
Sem mais para o momento,
sinceramente,
primeira turma do curso de nutrição semi-presencial da Universidade Veiga de Almeida