ELETRICIDADE MAIS BARATA PARA TODOS

Vimos, por este meio, solicitar a V. Exas. se dignem considerar esta nossa petição, no sentido de intercederem e, concomitantemente, legislarem, objetivando a redução do preço da eletricidade ora vigente em Portugal.
Considerando que:
1. Tendo em conta os dados estatísticos do Eurostat, datados de 11 de dezembro de 2020, relativos aos preços da eletricidade praticados nos 27 estados membros da União Europeia (EU), no segundo semestre de 2019, Portugal ocupa o 8º lugar, em termos de valor mais alto pago pelos consumidores domésticos, precedido por países como Dinamarca, Bélgica, Irlanda; por outras palavras, países com um poder de compra muito superior ao Português;
2. Ainda em conformidade com os dados estatísticos do Eurostat, datados de 11 de dezembro de 2020, relativos ao segundo semestre de 2019, circunscrevendo-se apenas nos impostos e taxas imputados ao fornecimento de energia elétrica para consumidores domésticos, Portugal detém o terceiro lugar (cerca de 50% em taxas e impostos), antecedido unicamente pela Dinamarca e pela Alemanha, mais uma vez, países detentores de um poder de compra bem acima da capacidade de Portugal;
3. A EDP estimou um lucro, em 2020, balizado entre 850 e 900 milhões de euros;
4. A situação pandémica atual tem provocado desemprego exacerbado e as famílias, em geral, enfrentam graves dificuldades financeiras, muitas delas, inclusive, a recorrer, envergonhadamente, ao Banco Alimentar contra a Fome; como consequência, também muitos agregados familiares jovens, dado terem visto os seus rendimentos delapidados, foram forçados a regressar à casa dos seus progenitores; sublinhe-se, ainda, a fome real que grassa em muitos seios familiares;
5. Todas as famílias lamentam o valor elevado que têm de pagar pela eletricidade, sendo que, muitas delas recorrem a pagamentos fracionados às entidades fornecedoras, dado que não lhes é exequível pagar os valores exorbitantes que têm de pagar mensalmente;
6. Na sua maioria, as casas portuguesas não estão preparadas para os períodos de maior frio que se tem vindo a fazer sentir. Portanto, muitos andam nas suas casas mais vestidos do que na rua… Kispos, camisolas grossas, mantas, etc… tudo para evitarem ligar qualquer tipo de aquecimento, por temerem a subida gritante da conta da luz e não quererem enfrentar o dilema: a conta da luz ou a comida? Convenhamos que isto é desumano! E os pobres, mesmo pobres? Nem comida, nem aquecimento, nem roupa…


Com toda a humildade, vos pedimos para priorizarem esta matéria, que se reveste de grande importância e de sublinhada urgência. Estamos exaustos, extenuados de tanto “esticarmos” o orçamento mensal e continuarmos a gelar dentro das nossas próprias casas!!!! É, francamente, inqualificável que, no período do frio, cheguemos ao nosso lar e, ao invés de nos sentirmos confortáveis, o desconforto é quem nos agasalha!!!!
Se nos ajudarem, seguramente, teremos muito menos gripes e pneumonias! Consequentemente, menos ocupação das urgências hospitalares e das camas do Serviço Nacional de Saúde!
Acreditamos em vós, políticos eleitos por todos os portugueses, e que vão honrar o poder que vos foi confiado, fazendo o bem e permitindo a todos o acesso a um BEM DE PRIMEIRA NECESSIDADE!!
GRATOS!

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