Petição Ano Jubilar para as Crianças
Para: Bento XVI, Cristãos
A pedofilia não é apenas uma perturbação sexual mas também um crime odioso e um pecado escandalosamente grave. Têm-no referido constantemente o Papa, cardeais, bispos, sacerdotes, leigos, comentadores, todas as pessoas de bom-senso.
O sofrimento que a pedofilia causa é inimaginável e representa uma tragédia humana horrível. Não é a única causa do sofrimento humano, nem a raiz de todos os problemas da Igreja e da sociedade, mas é uma mancha que traz consequências inevitáveis.
Pelas notícias veiculadas não é uma surpresa para as autoridades civis e eclesiais. Como também não existe inércia nos casos de pedofilia ligados à Igreja, confirmados e julgados. Aliás, várias conferências episcopais e vários bispos tomaram decisões concretas em vista de uma resolução do problema.
Incompreensível, mas explicável, é a ligação que se faz entre os padres e a pedofilia, ou entre a Igreja e a pedofilia. As estatísticas sérias, como escreveu João César das Neves no Diário de Notícias, afirmam que «no mesmo período em que uma centena de sacerdotes católicos eram condenados por abusos sexuais de menores, o número de professores de educação física e de treinadores de equipas desportivas [...] considerados culpados do mesmo delito nos tribunais americanos atingia os seis mil. [...] Dois terços dos abusos sexuais a menores não são feitos por estranhos [...] mas por membros da família (www.cesnur.org/2010/mi_preti_pedofili.html).»
A explicação mais imediata é que existe um ataque aos valores cristãos, aos padres, ao Papa que por detrás trazem interesses económicos e a intenção de desacreditar a Igreja.
É necessário que venha ao de cimo toda a verdade, mas também não se pode ocultar que existem outras verdades encobertas que visam distrair mais do que esclarecer.
Depois de reconhecido o problema, é hora de deixar que as instâncias próprias actuem segundo o direito e as competências. A justiça em praça pública sempre trouxe injustiças. Para que isso não aconteça é fundamental que os crimes sejam apurados, os criminosos julgados, as vítimas assistidas e que a opinião pública seja sincera e ajude na separação do trigo do joio.
A Igreja é maior do que o pecado dos seus membros. E se alguns dos seus sacerdotes e religiosos ofuscaram o seu rosto, ela tem em si mesma recursos para se levantar e continuar a ser nascente e caminho de salvação para a humanidade.
São sábias as recentes palavras do secretário da Conferência Episcopal Portuguesa: «A gravidade a que se chegou pode ser o volte-face providencial para uma Igreja mais purificada. Servidora. Mais amiga de todos […] E agradeço a Deus que tenhamos um Papa corajoso para assumir uma situação delicada, mas que não é um beco sem saída. Está-se a encontrar a saída justa.»
O Ano Sacerdotal convocado por Bento XVI para «contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo» foi providencial. Só é pena que todos aqueles sacerdotes que são um testemunho edificante fiquem esquecidos pelos pecados graves dos outros poucos.
Seria útil que Bento XVI, depois de ter convocado um ano dedicado a São Paulo e outro aos sacerdotes, proclamasse um ano jubilar especialmente dedicado às crianças, pois «delas é o Reino dos Céus».
Pe. José Carlos Nunes, director-geral da PAULUS Editora
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