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Legalização da Prostituição em Portugal

Para: A Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República Portuguesa, dignas Deputadas e dignos Deputados da Nação

A Associação Comunidária, organização privada sem fins lucrativos, com sede social na Rua De Ponta Delgada, nº 62 1º direito Lisboa, NIF 508438330, no âmbito das suas actividades centradas na participação activa e defesa dos direitos humanos das mulheres, com especial enfoque em acções que se julguem consentâneas na área laboral e inclusão social das comunidades migrantes, vem muito respeitosamente solicitar a mais aturada atenção de Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República Portuguesa bem como de todas as digníssimas Deputadas e de todos os digníssimos Deputados da Nação para a petição que passamos a expor.

Assim:

A Lei n.º 44579 de 19 de Setembro de 1962, tornou ilegal a prostituição a partir do dia 1 de Janeiro de 1963.
Por força da Lei supracitada, foram encerradas as casas que predominavam nas maiores cidades do País, cuja actividade se confinava ao exercício da prostituição.
Com a ilegalização do trabalho sexual, as trabalhadoras – a prostituição masculina nunca foi reconhecida – do sector viram-se forçadas a enveredar por caminhos desordenados da prestação de serviços circunscritos ao sexo.
Fruto das nefastas consequências advindas da famigerada Lei abolicionista da prostituição (Lei n.º 44579 de 19 de Setembro), essa mesma Lei foi, no ano de 1983, parcialmente alterada, passando a permitir a prostituição individual, mas proibindo a sua exploração.
Era propósito da Associação Comunidária avançar com o número de trabalhadoras do sexo em Portugal, no entanto e por se tratar de uma actividade ambiguamente ilegal, não existe nenhuma entidade oficial que, de forma sistematizada, possa proceder ao registo dessas profissionais junto da Segurança Social e ou da Autoridade Tributária e Aduaneira.
São sobrantes as fundamentações que norteiam esta petição, no entanto limitamo-nos a sublinhar as que consideramos mais substantivas e que motivaram esta nossa tomada de posição:

Em primeiro plano destacamos a desprotecção social a que estão sujeitas todas as pessoas que exercem a sua actividade na área da prostituição;
Também no âmbito social verifica-se a estigmatização a que estão sujeitas as trabalhadoras do sexo, cujo estigma cria sólidas barreiras em vários aspectos, nomeadamente o acesso à cidadania;
O acesso à cidadania torna-se praticamente inexequível sempre que os processos envolvam pessoas migrantes;
Ainda com o olhar colado nos direitos advindos da cidadania, reportamo-nos não só às próprias trabalhadoras do sexo oriundas de países estrangeiros, como também dos seus descendentes que, constituindo agregados familiares, devem ter pleno acesso à educação, habitação, saúde, afinal acesso a todos os serviços públicos;
Como é do conhecimento geral, a prática da prostituição nas condições em que actualmente é exercida, constitui um grave problema de saúde pública;
Paralelamente e no mesmo enquadramento a nível de salubridade, estão os usuários que recorrem aos serviços da prostituição;
As campanhas sobre profilaxia que ao longo de décadas têm sido desenvolvidas, não apresentam os resultados desejáveis, mostrando-se por isso incapazes de romper com as culturas imbuídas, milenarmente, no espírito dos homens portugueses;
O Serviço Nacional de Saúde é o único garante para assistir às mulheres e homens infectados com doenças sexualmente transmissíveis, mas sendo o SNS suportado pelo erário público, facilmente se conclui que os custos de assistência médica periódica às trabalhadoras do sexo – isto à semelhança do que se verificava até à década de sessenta – seriam substancialmente mais baixos do que os tratamentos administrados às pessoas que apresentam patologias transmitidas por via sexual;
Considerando a fragilidade apresentada pelos contornos que encerram a prostituição, à luz do Código de Trabalho actualizado pela Lei n.º 120/2015 de 1 de Setembro de 2015, propomos que o exercício da prostituição fique confinado exclusivamente a profissionais e usuários com idades iguais ou superiores a dezoito (18) anos;
Antes de terminarmos cabe-nos recordar os comportamentos absolutamente pérfidos tidos pelos agentes que encontram no tráfico de mulheres e consequente lenocínio, o conforto de vidas faustosas conseguidas no desregulamentado mundo da prostituição;
Ora, em face do acima exposto e de muitos outros pontos aqui omissos, mas do mesmo modo validados pela delicadeza do assunto em apreço, vem muito respeitosamente a Associação Comunidária solicitar às dignas e aos dignos representantes do País, a mais célere apreciação e consequente Legalização da Prostituição em Portugal.
A Associação Comunidária congratula-se desde já com a especial atenção a ser dispensada a esta exposição endereçada aos insignes representantes da República Portuguesa.

Lisboa, 10 de Julho de 2017

Associação Comunidária
  1. Actualização #7 A Juventude Socialista no DEBATE III

    Criado em sexta-feira, 12 de Janeiro de 2018

    David Pires - membro da JS - "Tive ontem o prazer de participar em representação da Juventude Socialista no debate "Legalizar, ou não, a prostituição em Portugal?", organizado pela associação ComuniDária, que contou com a participação do deputado José Soeiro (BE), Carlos Gamito - Jornalista e Joffre Justino. Agradeço à Maria Magdala e à ComuniDária pelo convite que nos foi feito para participarmos num debate sobre uma causa pela qual nos temos batido. A regulamentação da prostituição é para nós uma questão de dignidade, de respeito, de proteção e valorização da pessoa que a pratica" 12/01/2018.

  2. Actualização #6 Cuidado com a manipulação com a LEGALIZAÇÃO

    Criado em quarta-feira, 4 de Outubro de 2017

    Um dos principais venenos da manipulação e controle da opinião pública é a estratégia da distração, a ideia é elementar, o importante é desviar a atenção do público daquilo que é realmente importante, oferecendo uma avalanche de informações secundárias e inócuas. No caso da Petição da Legalização* da Prostituição em Portugal, algumas pessoas não querem discutir os temas significativos, mas procuram desviar as atenções do público com a palavra LEGALIZAÇÃO e nunca com o conteúdo da Petição. Quanto mais distraído estiver o público, menos tempo terá para refletir e fazer escolhas livres de manipulação, claro! Legalização*: Leia-se: a prostituição em Portugal NÃO está LEGALIZADA nos moldes defendidos pela Petição que tem como primeira peticionária

  3. Actualização #5 Mais um manifesto sobre a Petição - CDS-PP

    Criado em quinta-feira, 24 de Agosto de 2017

    A Associação ComuniDária volta a congratular-se pela dispensa de acolhimento por parte dos Partidos Políticos Portugueses. A Petição Pública Legalização da Prostituição em Portugal, continua a merecer a atenção dos Partidos Políticos Portugueses com assento na Assembleia da República, sendo que desta feita foi o CDS-PP que manifestou interesse na causa, e a prová-lo publicamos a carta que gentilmente nos foi remetida pelo citado partido político. Recordamos que num país democrático, todas as decisões governamentais são tomadas em sede parlamentar, com as votações dos respectivos Deputadas e Deputados da Nação com assento na Assembleia da República. http://www.comunidaria.org/2017/08/mais-um-manifesto-sobre-a-peticao-neste-caso-do-partido-politico-cds-pp/

  4. Actualização #4 Resposta do Partido Político Os Verdes à Petição

    Criado em quinta-feira, 24 de Agosto de 2017

    A Associação ComuniDária congratula-se com o êxito que estamos a conseguir com o lançamento da nossa Petição Legalização da Prostituição em Portugal e, a testemunhar esse êxito, eis o email que muito nos honra e que nos foi endereçado pelo Partido Os Verdes*. *Recordamos que o Partido Os Verdes tem assento na Assembleia da Republica Portuguesa Equipa da Associação ComuniDári https://www.facebook.com/todosusamemuitosabusam/photos/a.128415567761479.1073741828.128221424447560/136341396968896/?type=3&theater

  5. Actualização #3 Eis a voz da sociedade energúmena

    Criado em quinta-feira, 10 de Agosto de 2017

    Em resposta a este artigo de opinião cujo link é: http://www.comunidaria.org/2017/07/sou-o-proxeneta-da-minha-esposa-mas-ela-nao-e-uma-p-u-t-a/ , recebemos os seguintes comentários: http://www.comunidaria.org/2017/08/sou-portuguesa-sou-brasileira-sou-mulher-sou-gente/ http://www.comunidaria.org/2017/08/este-o-retrato-da-nossa-sociedade-energumena/

  6. Actualização #2 Artigo no Jornal Público

    Criado em quinta-feira, 10 de Agosto de 2017

    Petição da Associação Comunidária, a decorrer online, pretende reavivar debate sobre a legalização da prostituição em Portugal. https://www.publico.pt/2017/08/03/sociedade/noticia/ps-empurra-discussao-sobre-prostituicao-para-depois-das-autarquicas-1781164

  7. Actualização #1 Todos usam e muito abusam

    Criado em quinta-feira, 3 de Agosto de 2017

    Esta página foi criada na perspectiva de ser um espaço de debate e opinião sobre a Petição da Legalização da Prostiuição em Portugal https://www.facebook.com/todosusamemuitosabusam/




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Legalização da Prostituição em Portugal, para A Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República Portuguesa, dignas Deputadas e dignos Deputados da Nação foi criada por: Associação ComuniDária.
Esta petição foi criada em 10 Julho 2017
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