É urgente respeitar a restrição da circulação e estacionamento automóvel nos Centros Históricos!

Muitas vezes os habitantes e visitantes se queixam dos automóveis estacionados e a circular dentro dos Centros Históricos em Portugal. Coimbra é um dos locais que não só pela sua classificação como Património Mundial da Humanidade, mas também pelo respeito a todos os seus cidadãos e visitantes, devia dar o exemplo.
Na realidade foram criados no passado sistemas de controle do acesso de automóveis ao Centro Histórico, nomeadamente pinos automáticos que impediam a entrada nos mais diversos pontos de interesse turístico da cidade fora do horário de distribuição de material e para não-residentes. Todos estes pinos - sem exceção - deixaram de funcionar. Foi-nos dito pela Polícia Municipal, num dos muitos apelos para controlarem a situação, que muitos desses pinos deixaram de funcionar por falta de manutenção: que esta é dispendiosa e está obsoleta.
Devido a isto, à ausência absoluta de policiamento eficiente no Centro Histórico, e à falta de sensibilidade pelos condutores para as mais diversas situações decorrentes do uso de automóveis nestes espaços, o Centro Histórico de Coimbra tornou-se um verdadeiro parque de estacionamento e local de circulação automóvel sem quaisquer regras. Um caos absoluto.
Não só temos que assistir à insegurança constante de automóveis a circular demasiado próximo dos edifícios e de pessoas, não deixando qualquer espaço para os habitantes e visitantes circularem com segurança, notamos também que os condutores circulam muitas vezes a velocidade excessiva sem qualquer atenção ou respeito por aqueles que optam passar momentos de lazer no Centro Histórico. Questionamos o que pensam as pessoas que têm vindo a contribuir para dinamizar o turismo e o comércio tradicional no Centro Histórico de Coimbra, deslocando-se aqui todos os dias e tendo que estar constantemente preocupadas em não serem atropeladas.
Somos ainda obrigados a testemunhar estacionamentos altamente abusivos, nas pequenas praças e largos do Centro Histórico, em frente às portas de casa dos residentes, em frente às portas e montras de lojas, em cima dos passeios, em ruas pedonais, em praças com esplanadas (onde várias vezes estão automóveis virados com o tubo de escape para os restaurantes, onde as pessoas se encontram a saborear uma típica refeição Portuguesa), etc.
Já houve várias pessoas e edifícios que foram atingidas por automóveis dentro do Centro Histórico, devido a estas atitudes. Alguns escaparam ilesos, algumas pessoas ficaram feridas sem gravidade e alguns imóveis sofreram danos não se tendo encontrado os responsáveis. No entanto, parece-nos grave o suficiente isto estar a acontecer sem qualquer resposta por parte das autoridades. Parece-nos que não é necessário ficar alguém ferido com gravidade, para se encontrar uma solução definitiva.
Note-se que estas situações acontecem um pouco por toda a cidade, nomeadamente em zonas onde há mais espaços de lazer e restauração. O Centro Histórico tem estado a renascer sobretudo graças ao investimento privado nestas áreas de negócio, que tão necessárias são para dar dinâmica a estes espaços de lazer por excelência.
Vários apelos foram efetuados junto da Polícia Municipal, para terem uma atitude mais pro-ativa no sentido de evitar estes acontecimentos, e também para procurar sensibilizar os condutores destes inconvenientes.
Colocar placas de interdição de passagem e estacionamento não é suficiente, pois os condutores não respeitam as mesmas. Chamar a polícia para informar as pessoas que retirem os automóveis também não resulta, pois após os agentes se deslocarem para longe do local as viaturas voltam novamente.
Parece-nos urgente uma solução definitiva para o problema dos automóveis no Centro Histórico de Coimbra.

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