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Pela preservação do património socio-cultural da Bretanha e edificação do seu museu etnográfico

Para: Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Deputadas e Deputados Regionais, Presidente do Governo Regional, Membros do Governo Regional

Senhora Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores,
Senhoras e Senhores Deputados,
Senhor Presidente do Governo,
Senhora e Senhores Membros do Governo,


A ex-Bretanha é corporizada, actualmente, por três freguesias. Num passado do século passado, deu-se o início do fim da Bretanha, pelo Decreto-Lei nº. 43.392 de 13 de Dezembro de 1960, foi amputado um braço da Bretanha – os Remédios – tendo ficado os lugares de Ajuda e Pilar a dar vida à Alma Bretã, teluricamente falando. Em 2002, Fernando Menezes chancelou o Decreto Legislativo Regional n.º 24/2002/A de 10 de Julho de 2002, o que levou à total extinção da Bretanha e deu origem às freguesias de Pilar da Bretanha e Ajuda da Bretanha.

O reconhecimento oficial do topónimo Bretanha deu-se entre 1515 e 1527, pois até este intervalo toda a região noroeste da ilha de São Miguel tinha o nome de Capelas, pois em 1515 esta zona fora desanexada do concelho de Vila Franca do Campo e passou a pertencer ao concelho de Ponta Delgada, criado em 1499. Este período de doze anos fica quase encerrado pela névoa factual, todavia, sabe-se que se coaduna com a cronologia do ingresso de bretões.

Em Saudades da Terra, Gaspar Frutuoso diz que a Bretanha «é terra alta e grossa a que chamavam os antigos Bretanha; outros dizem que por morar ali antigamente, e ter suas terras e fazendas um bretão». Francisco Drumond descreve a terra como «aldeia porto de barcos que ali se abrigam dos ventos furiosos, situada em terreno um pouco elevado, voltada ao norte légua e meia a oeste de Santa António».

A zona da Bretanha consegue congregar um pouco de História dos Açores, de Cultura e de Tradição. Esta terra está adormecida e esmagada pelo papel preponderante dos meios citadinos, a açorianidade é vivida no seu todo. Na Bretanha vive-se o isolamento corvino, escuta-se um “ú” francês mais enfático, vislumbra-se os Países Baixos no Moinho do Pico Vermelho, visita-se a pacatez dos matos, contempla-se a religiosidade de outros tempos e cheira-se o azul do mar faialense misturado pelo odor fresco das verduras florentinas. Com efeito, faz sentido considerar que esta terra é uma ecosfera socio-cultural.

A degradação do património, a incorrecta requalificação das infra-estruturas, o dessossego com a tradição, o isolamento crónico e o envelhecimento da população são factores que estão a perturbar a passagem de testemunho às gerações em noviciado.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e estatutárias aplicáveis, os peticionários vêm manifestar o seu descontentamento com a preocupação precária das instituições governamentais para com a cultura e o património da zona da Bretanha, pedir que se edifique uma infra-estrutura, de foro museológico, de forma salvaguardar a identidade socio-cultural da Bretanha e fazer o pedido para uma maior cautela por parte dos órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores para com as três freguesias que dão corpo à moribunda Bretanha.



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Esta petição foi criada em 10 setembro 2013
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