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Entrecampos Com Mais Segurança Rodoviária e Pedonal

Para: Câmara Municipal de Lisboa

RESUMO: Esta petição pretende salvaguardar a segurança rodoviária, sobretudo para o peão, na zona de Entrecampos e mais especificamente na Av. das Forças Armadas, onde diariamente passam, em média, 17.000 carros, dos quais mais de 1000 carros acima de 70km/h.* Segundo a Prevenção Rodoviária Portuguesa só entre 2010-2016 ficaram feridas 130 pessoas e morreram 4 vítimas de atropelamento nesta avenida. O excesso de tráfego e velocidade descontrolada dos automóveis têm de acabar. Os planos urbanísticos para Entrecampos, no âmbito da Operação Integrada, têm de defender as pessoas que aqui vivem, trabalham, estudam e circulam sem ser de automóvel. E no imediato há várias medidas urgentes a tomar. (Continuar a ler para ver as medidas propostas.)

Não há zona da cidade de Lisboa mais sacrificada em termos de segurança, ruído e qualidade do ar do que Entrecampos. Uma das principais causas destes problema é o deficiente planeamento urbano que gera níveis de tráfego incomportáveis para esta zona, muitas vezes descontrolado e letal. Entrecampos não pode ser uma auto-estrada. Entrecampos é uma zona onde milhares de pessoas vivem, trabalham, estudam e circulam diariamente a pé, de bicicleta ou para mudar de transportes públicos.

É também neste espaço que, por opção política, deixamos passar diariamente, em média, 17.000 carros, dos quais mais de 1000 carros acima dos 70 km/h, uma velocidade 100% fatal para os peões.*

É por isto que, segundo a Prevenção Rodoviária Portuguesa, entre 2010-2016, ficaram feridas 130 pessoas e morreram 4 pessoas só na Avenida das Forças Armadas, vítimas de atropelamento (dados mais recentes), ou que assistimos à morte de uma jovem de 16 anos no Campo Grande, em 2020.

Esta petição quer mudar radicalmente a zona de Entrecampos tornando-a mais segura e tranquila.

Para fazer face a estes problemas a solução avançada pelos peticionários passa por várias intervenções possíveis para a faixa da Av. Forças Armadas, uma das mais problemáticas desta zona:

1) Instalação de radar. É inadmissível que muitos dos novos radares instalados no concelho tenham sido colocados em zonas sem acesso pedonal, enquanto esta zona que mencionamos continua desprotegida. Os radares podem ser incorporados nos semáforos. Esta medida é prioritária.

2) Instalação de lomba ou passeios contínuos para moderar a velocidade dos automóveis. Isto foi feito na Avenida Ilha da Madeira e na Avenida Rainha Dona Amélia com declives semelhantes à Avenida das Forças Armadas, bem como à frente do edifício da CML, muito perto, no Campo Grande.

3) Aumento da zona pedonal, de modo a evitar que os peões circulem na faixa de rodagem. Até hoje, a CML actuou no sentido contrário, retirando espaço aos peões na via pública da Av. das Forças Armadas, junto ao tapume das obras. Além disso, as esplanadas desta avenida e os caixotes para a recolha do lixo obrigam os peões a circular na estrada.

4) Redução da faixa de rodagem para automóveis. É incomportável numa zona de elevada afluência de peões uma faixa de rodagem com sete vias e reduzida zona pedonal.

5) Criação de condições para os ciclistas. São muitos os ciclistas que já usam diariamente esta faixa de rodagem, sem segurança, para aceder, entre outros, ao Hospital de Santa Maria, ao ISCTE, às residências universitárias, ou simplesmente à sua residência (com mais habitação a ser criada nesta Avenida, neste preciso momento). Uma via partilhada ou ciclovia permitira uma continuidade fundamental a partir do eixo Avenida da República/Campo Grande.

6) Criação de mais atravessamentos na Av. das Forças Armadas, onde os peões já passam, sem segurança, com destaque para a falta de atravessamentos diante do ISCTE e na Rua Helena Félix/Rua Sanches Coelho.

7) Separação das vias, reservado uma via a transporte público e de emergência, sobretudo de modo a permitir a passagem de ambulâncias sem problemas de congestionamento. Os bloqueios ao transporte de emergência devido ao congestionamento de trânsito são constantes.


Finalmente, segundo os projectos que são públicos para Entrecampos, no âmbito da Operação Integrada, já está prevista a redução de uma via na faixa de rodagem na Avenida 5 de Outubro e o aumento da zona pedonal em ambas as Avenidas (incluindo Forças Armadas). Isto deveria ser o nível mínimo de ambição para uma zona como Entrecampos, onde existem inúmeros serviços, escritórios, escolas, universidades, comércio e habitação, além de ser uma zona de transporte intermodal com elevada afluência. Não aceitamos um nível menor de ambição, nem qualquer tipo de recuo. Mas mais importante, exigimos a implementação destas soluções no imediato, e não num momento conclusivo do projecto. São demasiadas as vidas que, entretanto, estão em risco.

Além disso, instamos a CML a rever as condições de segurança das artérias mais problemática desta zona, e a adoptar medidas de prevenção: Campo Grande, Av. Estados Unidos da América, Av. 5 de Outubro e Av. República, justamente algumas das quais onde se nota maior incidência de atropelamentos em Lisboa, segundo o relatório da Prevenção Rodoviária Portuguesa.


*Ao longo de duas semanas (29/09/2023 - 13/10/2023), foram recolhidos dados sobre o tráfego na Avenida das Forças Armadas através da instalação de um sensor Telraam – resultante de uma iniciativa financiada pela UE. Os dados recolhidos são públicos, estão constantemente disponíveis no site e são chocantes.

https://telraam.net/en/location/9000005774/2023-09-28/2023-10-12


Ver intervenção na Reunião Pública da CML, dia 20 de Dezembro de 2023:

https://www.youtube.com/live/NVQWwLrV8Y4?si=0v-EvKpU4nghixM9&t=12791


Ver também intervenção na AML, dia 10 de Outubro de 2023:

https://www.youtube.com/watch?v=e9btOetwTp0&t=128s


Ver também intervenção na Reunião Pública da CML, dia 21 de Dezembro de 2022:

https://www.youtube.com/watch?v=9L7MaSd8n-Q&t=13170s


Ver Relatório da Prevenção Rodoviária Portuguesa (2018), Atropelamentos
Sinistralidade Rodoviária em Portugal Continental 2010-2016:

https://prp.pt/investigacao/publicacoes/#single/0



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Esta petição foi criada em 20 novembro 2023
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