Curso de Treinadores de Basquetebol Grau II SEM INTERNATO

1. O Curso de Treinadores de Basquetebol Grau II é a partir de 2023/2024 legalmente indispensável para treinar os escalões Sub16 e seguintes.

2. A melhoria do nível dos Treinadores de Basquetebol é uma preocupação de todos quanto querem o melhor para a modalidade e não está em causa.

3. No entanto a Federação Portuguesa de Basquetebol e a Escola Nacional de Basquetebol não demonstram ter uma noção realista do público alvo do Curso de Treinadores de Basquetebol e das diferentes realidades que contribuem para o desenvolvimento do Basquetebol - ainda muito aquém do seu potencial no nosso país.

As razões são as seguintes:

a) Uma grande maioria dos Treinadores de Basquetebol ativos no nosso país não são profissionais, dão o que podem ao Basquetebol por paixão e carolice.

a) Aqueles que podem dar ainda mais força à formação são também portanto pessoas com outras profissões, famílias, responsabilidades e dificuldades.

c) Para realizar o Curso de Treinadores Grau II são OBRIGADOS a fazer uma semana de INTERNATO - além da dificuldade inerente à realização de um curso exigente, em equilíbrio com a sua vida pessoal e familiar.

d) Ou seja, trata-se de um investimento triplo e de terceiros para AJUDAR a desenvolver o Basquetebol, muitas vezes totalmente em regime "pro bono". Vejamos: Pagamento do valor alto do Curso; Valor correspondente a 1 semana de férias que deixam de ser pagas para passar a ser investidas; Retira a possibilidade de gerir mais 1 semana de férias em família ou outros interesses pessoais.

e) Outras Federações realizam cursos de grau II em fins de semana espaçados, permitindo uma melhor gestão económica e do tempo de cada um.

f) Não existem evidências pedagógicas que possam ser elencadas para justificar 1 semana de internato, além de que a ÚNICA forma de atingir o Grau II é sujeitar-se a privação de liberdade - O INTERNATO é um regime desnecessário e não garante o acesso universal! Talvez razões de cariz economicista e logístico estejam na base desta realidade, mas outras opções são mais válidas para a modalidade e potenciais treinadores Grau II.

Conclusões:

1. A FPB e a ENB devem rever urgentemente esta situação por forma a permitir a todos, independentemente da sua situação pessoal e profissional, vislumbrar uma contribuição mais profunda no Basquetebol em Portugal.

5. Não sendo PORTUGAL um país composto por uma larga realidade profissional no Basquetebol. Os clubes pequenos, onde pouco ou nada se vai ganhar financeiramente com um curso de treinadores grau II, são OBRIGADOS a ter treinadores Grau II para competir em sub16 e sub18 e não podem ser reféns de constrangimentos desnecessários.

6. A FPB e a ENB podem continuar com o famigerado regime de internato, dando no entanto possibilidade a quem não queira/possa sujeitar-se a tal, optar por outro Curso de Treinadores Grau II sem regime de internato, em várias regiões.

7. Devem também reflectir se não estão a perder muitos candidatos a treinadores grau II por falta de possibilidades profissionais, familiares e pessoais e se esses não são importantes para o Basquetebol.

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