Contra o uso de fosfatos como conservante no bacalhau; against the use of phosphates as preservatives in cod

Após alguma contestação da medida e adiamento da votação, Portugal acabou por votar (incompreensivelmente) a favor da introdução de fosfatos no bacalhau, tendo apenas os representantes de França e Croácia votado contra.
A medida foi discutida e aprovada na segunda-feira, dia 1 de Julho de 2013, em Bruxelas, na reunião do Comité Permanente da Cadeia Alimentar e Saúde Animal, e entrará em vigor no dia 1 de Janeiro de 2014. Portugal, que foi desde sempre um opositor a esta medida, por considerá-la uma ameaça à salga tradicional e à saúde do consumidor, votou favoravelmente. Não se compreende como pode o governo Português achar aceitável a introdução de químicos no bacalhau, em oposição à tradicional cura portuguesa.
A utilização de fosfatos na produção de bacalhau de salga húmida vai permitir a adição de difosfatos (E 450), trifosfatos (E 451) e polifosfatos (E 452), e foi solicitada pelos países produtores, principalmente nórdicos, para preservar a cor branca do peixe. A Comissão Europeia apoiou a medida, argumentando que a adição destes elementos não representa risco para a saúde humana.
Mas de que serve ao consumidor final que o bacalhau seja branco!!!!????
Além da presença dos fosfatos no bacalhau, já por si causa suficientemente grave para justificar uma oposição à medida (aplicada por razões puramente estéticas), acresce o facto de a cura tradicional por salga se tornar mais difícil e dispendiosa num bacalhau com fosfatos, exigindo mais dispêndio e custos energéticos e de tempo, para se atingirem os níveis de humidade desejáveis. O resultado será, em última análise, o encarecimento do produto.
Encargos financeiros acrescidos e penalização da saúde justificam a brancura do bacalhau?
Os signatários desta petição consideram que não e pedem aos políticos do governo de Portugal e da União Europeia que retrocedam na decisão de autorização…
…pela saúde pública, pela economia de recursos, pelo bom senso, pelo bem comum.

(texto escrito fora do Acordo Ortográfico)


After some dispute and postponing the vote on this measure, Portugal eventually voted (incomprehensibly) in favor of the introduction of phosphates in cod, with only the representatives of Croatia and France voting against.
The measure was discussed and approved on Monday, July 1, 2013, in Brussels, at the Standing Committee on the Food Chain and Animal Health meeting, and will be applied from January 1, 2014. Portugal, which has always been an opponent of the measure, considering it a threat to traditional cod salting and to consumer’s health, voted in favor. We do not understand how the Portuguese government can find acceptable the introduction of chemicals in cod, opposed to the traditional Portuguese cure.
The use of phosphates in the production of wet salting cod will allow the addition of diphosphates (E 450), triphosphates (E 451) and polyphosphates (E 452), and was requested by the producer countries, especially Nordic, to preserve white color in fish. The European Commission supported the measure, arguing that the addition of these elements does not represent a risk to human health.
But in what way does it serve the end consumer keeping cod whiter!!??
Besides the presence of phosphates in cod, reason severe enough to justify opposition to the measure (applied for purely esthetic reasons), also traditional salting will become more difficult and costly in cod with phosphates, requiring more time and energy costs, to achieve the desired moisture levels. The result will ultimately raise the price of the product.
Increased financial charges and health costs justify the whiteness of cod?
The signers of this petition believe not!
We ask the Portuguese and European Union politicians to backtrack on the decision... in favor of public health, saving resources, common sense, common good.

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