Demissão de Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal

Exmo. Senhor Presidente da República
Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República
Exmo. Senhor Primeiro Ministro
Exmo. Presidente da Comissão Europeia

Nós os contribuintes portugueses, vimos por este meio exigir a demissão do Governador de Portugal, o Sr. Carlos Costa, devido ao amadorismo que este teve, ao lidar com o caso BES.

Este permitiu um aumento de capital do BES, disse que existiam investidores interessados em colocar capital no BES, e afirmou que a almofada financeira que o banco tinha, garantia a sua solvência, só para depois intervir e fechar o banco, e dizer que já sabia das dificuldades do BES desde Setembro do ano passado.

O Sr. Primeiro Ministro também garantiu que não existiria dinheiro público no BES, que as perdas ficariam todas no banco, e que o Estado nunca se meteria lá. Entretanto foi de férias e deixou este problema nas mãos do Sr. Carlos Costa.

O Sr. Presidente da República já partiu para férias há muito..

O Sr. Presidente da Comissão Europeia também já devia estar a pensar nas férias, ou no próximo trabalho, pois um alto funcionário da sua Comissão, Olivier Guersent, Director-Geral Adjunto para o Mercado Interno, garantiu que se fosse preciso intervir para salvar outro banco em Portugal, a União exigia a aplicação das regras anteriores como no BPI e BCP, e que o novo sistema europeu de resolução bancária só entraria em vigor no fim de Julho de 2015.

Não se percebe esta dualidade de critérios no tratamento destes bancos.

Esta intervenção é uma pura demagogia, finge-se que é para não serem os contribuintes a pagarem, mas como é sabido, as soluções para o BPI e BCP funcionaram e o Estado lucrou com isso. A solução para o BES, é uma incógnita. O que nós contribuintes continuamos a pagar, são os “job for the boys” e a formação de gestores como Henrique Granadeiro e Rui Pedro Soares, bem como o resultado dos seus erros.

Pedimos por isso a Demissão do Sr. Carlos Costa, pela forma amadora que este lidou com todo este processo, e devido às consequências danosas para os contribuintes portugueses que as suas declarações tiveram..

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