Exmos Srs. Presidentes da Câmara de Lisboa e da Junta de Freguesia de Arroios
Somos um grupo de proprietários de estabelecimentos comerciais da freguesia de Arroios. À nossa voz juntam-se clientes e comerciantes de outras freguesias.
No período da pandemia e pós pandemia implantámos novas esplanadas, num trabalho articulado com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Lisboa, e numa tentativa de fazer face à crise por que passámos.
Naturalmente estas novas esplanadas vieram ocupar lugares de estacionamento, uma vez que a maioria dos passeios existentes não permitem a criação de esplanadas que compensem o investimento.
De facto, fizeram-se investimentos de milhares de euros para além do apoio do programa Lisboa Protege, que financiou apenas uma parte, como é do vosso conhecimento.
A ampliação das áreas de serviço dos nossos estabelecimentos teve o grande beneficio social de gerar novos postos de trabalho para dezenas de pessoas.
Recebemos com grande preocupação e consternação o e-mail da Junta de Freguesia a solicitar a retirada das esplanadas. Esta medida acarreta a perda de um avultado investimento que nos obrigou a um enorme esforço, com contração de empréstimos na maioria dos casos e assinatura de contratos de trabalho.
A nossa preocupação tem várias dimensões: a incapacidade de recuperar o investimento com a perda das esplanadas; o pagamento dos empréstimos efetuados e a perda de postos de trabalho. E isto num momento em que os custos subiram mais de 20% para a restauração por causa da guerra.
A ampliação da área de esplanadas teve muitos aspetos positivos na economia de inúmeras famílias e veio enriquecer a vida do bairro. Todos estamos cientes, enquanto proprietários e clientes, do efeito das novas esplanadas no espaço público da cidade.
A troca de um carro por uma esplanada é um caminho para uma cidade mais saudável, mais amigável e mais vivida, mais amiga do ambiente. Este é, aliás, o caminho que o novo governo da cidade está a delinear com o novo programa de espaço público para a cidade de Lisboa – “Há vida no meu Bairro”.
Vimos assim pedir a V. Exas que reavaliem esta medida, em prole do futuro do nosso bairro - que é o vosso - e das nossas vidas.
Ver Mais...