1. Um verdadeiro Passe Nacional Multimodal sustentável assente em investimento público na ferrovia.
Este deve incluir a ferrovia em articulação com as redes locais e regionais de transportes públicos (ferrovia, metropolitanos, rodoviários, bicicletas partilhadas públicas e afins). O seu valor deve acrescer apenas 5€ aos atuais passes metropolitanos. Deve ser acompanhado do investimento em material circulante, infraestruturas e na contratação de trabalhadores com carreiras e condições laborais dignas e atrativas. A sustentabilidade financeira das empresas de transporte não pode ser colocada em causa, antes assegurada para viabilizar estas medidas. Só assim um Passe Nacional pode significar um avanço justo no direito à mobilidade limpa para todos.
2. Melhor oferta para que o direito à mobilidade não obrigue a ter automóvel.
Garantir a acessibilidade à rede de transportes públicos regulares (ferroviário, rodoviário) e a pedido para toda a população no conjunto do território, assegurando tempos de viagem para os principais pontos de residência, trabalho, serviços e lazer comparáveis com os do transporte individual. Para tal, são necessárias, entre outras ações, carreiras com horários frequentes, regulares e fiáveis e redes de vias dedicadas para transporte público rodoviário em zonas congestionadas.
3. Mobilidade elétrica ao serviço de uma transição justa.
Investir num plano de eletrificação de transportes a partir de fontes limpas. Eletrificar todas as linhas ferroviárias, o transporte terrestre de mercadorias e substituir as frotas rodoviárias por outras não poluentes. Para os empregos criados por este plano, garantir a contratação de trabalhadores provenientes das indústrias fósseis que é necessário encerrar faseadamente, sem perda de salário e direitos laborais, envolvendo as organizações representativas dos trabalhadores nesta transição.
4. Segurança e conforto para os modos ativos.
Priorizar a segurança e conforto de quem se desloca a pé e/ou de bicicleta em torno de interfaces de transportes públicos. Transformar os espaços públicos de acesso às grandes interfaces de Transporte Público de forma a torná-los confortáveis e seguros para caminhar e usar a bicicleta (pelo menos os acessos até 700 metros das estações ferroviárias e de metro e até 300 metros das interfaces rodoviárias) e disponibilizar estacionamento para bicicletas e pontos de bicicletas partilhadas nestas interfaces.
Organizações proponentes:
Campanha Empregos para o Clima | ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável | MUBI – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta | Movimento Vida Justa | Movimento Cívico pela Estação Nova (Coimbra) | Movimento SOS Terras do Cávado | STFPSN – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte | Frente Grisalha pelo Clima | Ecomood Portugal - Mobilidade Sustentável Solidária
Ver Mais...