Petição Pública
TODA A ESQUERDA, MELHOR ESQUERDA

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A PELO
TODA A ESQUERDA, MELHOR ESQUERDA


Muitos portugueses, tal como os subscritores deste Apelo, desejam que as eleições de 10 de Março tenham como resultado a constituição de uma Assembleia da República maioritariamente de esquerda, e que os partidos que dela se reclamam, ou que com ela colaboram reiteradamente em soluções progressistas, saibam encontrar o caminho certo que leve à formação de um governo que encontre as soluções políticas e sociais que respondam aos anseios por condições de vida com mais dignidade.
Se, apesar da precária situação deixada pela direita, em 2015, foi possível, mesmo assim, recuperar parte da destruição que tinha sido levada a cabo pelo governo do PSD/CDS, nas actuais condições, em que algum desafogo foi conseguido, é possível ir mais longe, nomeadamente em termos de valorização salarial e de reforço efetivo dos serviços públicos. Urge também resolver os problemas da habitação, limitar os privilégios fiscais dados aos estrangeiros e aumentar significativamente o peso dos salários, face aos rendimentos de capital, no PIB.

É indesmentível que em oito anos se tomaram decisões que foram recuperando o estado em que os partidos que apoiaram, em 2015, o governo do PS encontraram o país, ao tomarem a decisão de barrar o caminho à continuação do seu empobrecimento. Ficou demonstrado que era possível aumentar salários sem arruinar nem o Estado, nem as empresas, fazer a economia crescer e, ao mesmo tempo, descongelar pensões e carreiras profissionais, medidas a que a direita se opôs na altura. Ficou demonstrado que distribuindo melhor a riqueza foi possível reduzir drasticamente o desemprego; ficou demonstrado que dando voz aos sindicatos se conseguiu uma acalmia social. As teses da direita de que não havia alternativa á austeridade caíram todas por terra. Trata-se, agora, por parte dos partidos de esquerda, centro-esquerda e ecologistas, de terem coragem e vontade para criarem as condições que levem os eleitores a escolherem as suas propostas e confiarem nos seus candidatos, de modo a obterem uma maioria no Parlamento.

Todos nos deveríamos mobilizar para ir votar em 10 de Março, na esperança de que serão encontradas soluções para o mais importante problema social, aquele que impede o país de se desenvolver para todos viverem melhor: as desigualdades em todos os sectores da vida nacional Persistem desigualdades na distribuição da riqueza, nas condições de trabalho,, nos salários, no acesso à habitação, no acesso aos transportes, no acesso à justiça, no acesso aos cuidados de saúde, no funcionamento das instituições públicas. Desigualdades, de que os quase dois milhões de pobres é uma vergonha nacional, e que deve ser eliminada por um governo de esquerda. Todos estes défices são motivo de reclamações diárias, tendo vindo a ser aproveitados pela direita e extrema-direita para debilitar o Estado democrático, arremessando contra ele as insuficiências que ainda existem. São estas condições sociais que uma maioria de esquerda não pode permitir que se mantenham. O rigor no cumprimento do programa de governo deve passar a ser o valor inscrito na maneira de a esquerda governar o país.

É exigido ao conjunto dos partidos da esquerda, do centro-esquerda, e às formações ecologistas, que se empenhem de maneira a obterem uma vitória eleitoral indesmentível. Essa seria, simultaneamente, a forma mais condigna de comemorar os 50 anos do 25 de Abril. Deixar para depois o que deve começar a ser construído já, seria uma aventura com resultados incertos e perigosos. E disto faz parte o dispositivo político inter-partidário que se responsabilize pelo contrato eleitoral que venha a ser estabelecido, e seja, ao mesmo tempo, a manifestação dos compromissos que estes partidos venham a estabelecer entre si e com os portugueses.

São estas as considerações que unem todos os subscritores deste Apelo. enquanto cidadãos comprometidos e interessados em exprimir a sua vontade de participar no próximo acto eleitoral, para que os partidos das esquerdas, juntamente com ecologistas, sejam capazes de sinalizar, desde já, a sua disponibilidade para convergirem em soluções de governo, dando assim um forte impulso para uma maioria na próxima Assembleia da República.
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8 de Fevereiro de 2024




Os promotores

Carlos Brito, ex-deputado da Assembleia da República, António Borges Coelho, historiador, Adelino Castro, editor, Ana Amaral, professora, Ana Benavente, socióloga, Ana Figueiras, conselheira da ONU, Ana Gaspar, professora, Ana Loff, enfermeira, Ana Paula Fitas, professora, Ana Prata, jurista, Ana Sara Brito, enfermeira e autarca, Ana Sena Rua, economista, Anabela Fernandes, arquitecta, André Barata, filósofo, André Carmo, professor universitário e sindicalista, André Freire, politólogo, António Avelãs, professor, António Ludovino, psicólogo, António Martins Coelho, aposentado, António Serzedelo, professor,, Armandina Maia, agente cultural, Augusto Kittner, reformado, Avelino Manuel Pinto, psicólogo, Bernardino Aranda, livreiro, Carlos Bento Leal, engenheiro, Carlos Luís Figueira, Carlos Trindade, membro do Comité Económico e Social Europeu, Cipriano Justo, médico, Delfim Oliveira, enfermeiro gestor, Domingos Lopes, jurista, Domingos Morais, músico, Eugénio Alves, jornalista, Fernando Gomes, membro do secretariado e da comissão executiva da CGTP, Fernando Paulouro Neves, jornalista, Fernando Oliveira, técnico comercial, Fernando Sousa Marques, engenheiro, Fernando Vicente, engenheiro, Florival Lança, metalúrgico, Gaspar Martins dos Santos, engenheiro, George Casula, antropólogo, Guadalupe Simões, enfermeira/sindicalista, Henrique Melo, editor, Henrique Seabra, engenheiro agrónomo, Hermenegildo Ferreira Borges, investigador, Hernâni Martins, professor, Isabel Castro, ex-deputada da AR, Isabel Maia, aposentada, Ivo Gomes Francisco, economista, J.-M. Nobre Correia, professor emérito da Universidade de Bruxelas, Jaime Mendes, médico, João Bragança Fernandes, bancário, João Lavinha, investigador, João Maia, aposentado, João Quintela, enfermeiro, Jorge Almeida, médico, Jorge Martins, professor jubilado, José Aranda da Silva, farmacêutico militar, José Augusto Guimarães, professo jubilado da FFUL, José Carlos Martins, enfermeiro, José Cavalheiro, professor universitário, José Lopes Guerreiro, administrativo, José Manuel Duarte, técnico de desenvolvimento local, José Munhoz Frade, médico, José Pedro Cavalheiro, realizador, José Pedro Sousa Dias, professor universitário. José Tavares, livreiro, Juan Carvalho Ascensão, presidente da direcção do SERAM, Júlia Coutinha, investigadora, Lubélia Rodrigues de Melo, enfermeira, Luiz Alfaro Cardoso, investigador, Luís Dupont, presidente da direcção do STSS, Luísa Gueifão, reformada, Manuel Martins Guerreiro, almirante, Manuela Fernandes, médica, Maria Augusta Sousa, enfermeira, Maria Eugénia Ferrão, professora e investigadora, Maria Eugénia Santiago, farmacêutica, Maria José Dias Pinheiro, enfermeira, Maria de Lurdes Teixeira Guerreiro, médica, Mário Fonseca, bancário. Mário Jorge Neves, médico, Miguel Vital, técnico de administração pública, Nídia Zózimo, médica, Orlando Almeida, engenheiro, ex-presidente da CM da Amadora, Paula Velasquez, assessora, Paulo Fidalgo, médico, Paulo Jacinto, técnico administrativo, Paulo Sucena, membro do Conselho Nacional de Educação, Raúl Albergaria, engenheiro, Rui Pereira, designer, Rui Santos, enfermeiro, Rogério Brito, ex-Presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Rosa Lopes Brito. aposentada, Rui Feijó, investigador, Serafim Nunes, economista, Ulisses Garrido, sindicalista, Vicente Brandão, aposentado, Victor Louro, engenheiro silvicultor, ex-deputado da AR, Vítor Sarmento, empresário, Vítor Serrão, historiador de arte, Vivalda Silva, coordenadora nacional do STAD, Zeferino Coelho, editor
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