Petição Pública
Contra a construção do estacionamento sob a Praça do Município do Funchal

Assinaram a petição 2 410 pessoas
Qualquer cidade europeia desenvolvida e civilizada desenvolve políticas de mobilidade que retiram os automóveis dos centros históricos das cidades, devolvendo as ruas aos peões em segurança, para estes usufruírem de esplanadas, sem poluição, do comércio e contemplarem a arquitetura urbana.

Ora a atual autarquia do Funchal, pretende executar uma política de mobilidade exatamente contrária à sustentabilidade ambiental, urbanística e turística, injetando mais automóveis no centro congestionado do Funchal, e ainda com a agravante de situar o novo parque de estacionamento numa zona delicada de edifícios históricos classificados.

O abrir de um buraco numa das praças mais bonitas do Funchal, a Praça do Município, executada nos inícios dos anos 40 do séc. XX, por dois dos mais conceituados arquitetos portugueses, Francisco Caldeira Cabral e Raul Lino, vai desfigurar a mesma, mesmo que depois reposta na sua linguagem inicial. Além disso, em boa verdade e em consciência ninguém poderá garantir que as obras de construção, com a inevitável trepidação, não irão causar danos nos edifícios históricos classificados da Igreja e Colégio dos Jesuítas, no antigo Paço Episcopal, hoje Museu de Arte Sacra do Funchal, e mesmo no próprio palacete da Câmara Municipal.

É demasiado arriscado, ao nível de engenharia e de preservação do nosso valioso Património Construído, executar um parque de estacionamento naquele lugar emblemático da cidade, para além do transtorno que irá causar nesta zona do Funchal durante a sua construção.

Somos contra a construção de mais parques de estacionamento no delicado centro histórico da cidade, mas a edificar, poderia ser construído na zona do atual parque a descoberto da Reitoria da Universidade da Madeira, uma vez que o espaço é propriedade do Governo Regional, que está cedido por trinta anos à Universidade, estando por isso assegurada a conjugação de esforços entre o município e o Governo Regional, para naquele lugar construir.

Ali, nas traseiras do Colégio dos Jesuítas, a construção do hipotético parque não colocaria em risco tantos edifícios históricos classificados, não se destruía o largo, não causaria tanto transtorno na cidade durante a sua construção, quer a nível de ruído e mobilidade, quer a nível de impacto visual. E o novo parque ficaria a dois passos da Praça do Município.

Pelo exposto requeremos a não construção de um parque de estacionamento sob a Praça do Município.
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