A população de Canidelo vem pedir às entidades competentes para levar a cabo a reabilitação dos espaços públicos existentes na cooperativa Tripeira, com especial ênfase para o Parque Infantil, mas também as áreas verdes envolventes e respectivo mobiliário urbano, como bancos, caixotes do lixo, luminárias etc.
Este espaço já esteve em funcionamento em anos anteriores e devido à falta de manutenção, foi ficando deteriorado e vandalizado, finalmente e por motivos de segurança foram retiraram todos os equipamentos de jogo, os espaços verdes não tem a manutenção devida, estando habitualmente a vegetação pouco cuidada com acumulação de lixo e dejectos.
Tentativas foram feitas para a recolocação de novos equipamentos, sendo que se argumentou a falta de crianças para o utilizarem. Nada mais longe da verdade, tanto Canidelo como a localidade de São Paio regista uma grande comunidade infantil, bastando para tal verificar a comunidade escolar, sendo que inclusivamente este ano abriram novas turmas no pré-escolar da escola local.
Nem todas as crianças, nem todos os pais, nem todos os idosos têm disponibilidade de se deslocarem em carro para ter um momento de lazer, descanso e convívio. Precisamos de espaços verdes a uma razoável distância a pé.
Como é do conhecimento geral o exercício físico, o contacto com a natureza, a socialização intergeracional são actividades que beneficiam e enriquecem o bem-estar humano, tanto do ponto de vista físico, como psíquico.
O tipo de cidades em que vivemos não promove estas mesmas actividades, priorizando sempre o automóvel sobre o peão, e, portanto, é o automóvel o ocupante primordial do espaço público.
Os habitantes de Canidelo sentem as consequências deste tipo de urbanismo – as crianças não dispõem de espaços verdes e de jogo perto das suas casas, sendo necessário o uso do automóvel para as levar a este tipo de espaços. A solidão por parte da população mais idosa acentua-se devido à sua falta de capacidade de mobilidade e a população em geral sente a falta de espaços verdes de uso público de qualidade e de proximidade.
Face ao contexto de pandemia que todos estamos a viver, estes espaços de convívio ao ar livre tornam-se ainda mais urgentes.
Primeiras peticionárias,
Paula Alexandra Serra Rodrigues Monteiro da Rocha e
Vivelinda Maria Cardoso de Freitas Silva
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