Petição Pública
PELA INTERNALIZAÇÃO DO SERVIÇO DE IMAGIOLOGIA DA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO ALTO MINHO E PELO FIM DA PRECARIEDADE DOS SEUS TRABALHADORES E TRABALHADORAS

Assinaram a petição 2.333 pessoas
A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) é constituída por duas unidades hospitalares (Hospital de Santa Luzia em Viana do Castelo e Hospital Conde de Bertiandos em Ponte de Lima), doze centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas unidades de convalescença, dando resposta a uma população de mais de 244 mil pessoas.´

Nunca o Sistema Nacional de Saúde no seu todo e em particular o Serviço Nacional de Saúde sofreram uma ameaça tão significativa à sua sobrevivência como a que a pandemia do Covid 19 nos trouxe.
Esta profunda crise, humanitária, na sua vertente social, económica e sanitária revelou também as insuficiências acumuladas ao longo de anos de políticas liberais e que se traduziram num desinvestimento sistemático do SNS, quer na vertente tecnológica que a modernidade exige, quer na vertente dos recursos humanos, garantia da sua essência assistencial.

A extraordinária resposta que os profissionais da saúde tem dado a esta crise, gerindo os recursos existentes, com enorme espirito de sacrifício e muita resiliência, não pode ser em vão, exigindo-se que sejam garantidas as condições de segurança indispensáveis ao seu quotidiano, que lhes seja assegurada a estabilidade do emprego interrompendo o ciclo da precariedade vigente e que o SNS encontre soluções para que o seu modelo de funcionamento seja capaz de dar autonomamente a resposta a uma crise desta dimensão, sem fragilidades que a logica tradicional da administração publica invariavelmente impõe.

A dependência de prestadores de serviços hospitalares em áreas onde o desinvestimento foi mais notório, e, fundamentais, como a radiologia, na sua dimensão global, numa logica de mercado claramente desqualificado, compromete a necessária capacidade de resposta a que se exige um hospital moderno. A precariedade dos trabalhadores, sem vinculo ao estado, dependentes do fluir dos concursos de adjudicação, a patente promiscuidade de responsabilidades com interesses antagónicos, a dificuldade em planear a médio/longo prazo, a dificuldade em encontrar no modelo vigente soluções que cativem os profissionais, exige respostas que devem ser encontradas na busca de modelos de gestão alternativos, que consolidem serviços hospitalares, que permitam carreiras profissionais estruturadas aos seus trabalhadores, condições salariais adequadas não só ao modelo de estado mas também ao que o mercado impõe, numa lógica de incentivo à produtividade qualificada e à resposta atempada às solicitações que o dia a dia hospitalar cada vez mais impõe.

É este o rumo que se exige ao Serviço de Radiologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, entendido como serviço nuclear, insubstituível, e que não pode ser condicionado a uma logica de mercado de produto barato e desqualificado, sem capacidade de resposta, tecnologicamente atrasado, mas no seio do qual diariamente, dão o seu melhor, excelentes profissionais que merecem outro futuro para assegurar aos seus doentes a saúde a que têm direito.

Perante o exposto, as pessoas abaixo assinadas solicitam à Assembleia da República que desencadeie a ações tendentes a:

- proceder à internalização do serviço de imagiologia da ULSAM
- assegurar a contratação pela ULSAM dos trabalhadores e das trabalhadoras do serviço de imagiologia
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