O lote a ocupar pelo equipamento tem um total de 6.476 m2 e prevê-se uma área de implantação de 3.000 m2, usurpando um dos pouco espaços verdes disponíveis no enclave urbano formado pela Av. João Paulo II, Av. Padre Júlio Fragata e Av. Clermont Ferrant. A área em questão corresponde a parte da linha de água que desce a encosta das Sete Fontes e desagua no Rio Este, junto à rodovia de Braga.
O grupo informal de cidadãos que contesta a construção de um complexo desportivo na freguesia de São Víctor - junto aos acessos do Hospital de Braga e que defende a preservação da zona verde na Rua Luís Soares Barbosa, vem por esta via apresentar os argumentos que suportam o nosso desacordo relativamente à concretização desta obra.
1.º - Este Complexo Desportivo nada acrescentará à zona. Num raio de 500m existem 2 ginásios privados e 2 ginásios para treinos particulares. A menos de 1km existem mais 2 ginásios para treinos particulares, o Complexo Desportivo da Rodovia e as Piscinas Municipais da Rodovia;
2.º - A prevista construção prejudicará gravemente os acessos dos moradores às suas casas. Esta implicará um aumento de circulação e afetará, ainda mais, o já difícil trânsito e estacionamentos nesta rua e em todos os arruamentos vizinhos;
3.º - O trânsito na Avenida Padre Júlio Fragata – Avenida António Macedo é caótico e só aumentará ainda mais. O acesso ao hospital também irá sofrer grandes transtornos, colocando em causa a segurança de todos os utilizadores deste serviço de saúde, sendo esta a única forma de passagem para o mesmo;
4.º - A eliminação da única zona verde e de lazer dos residentes da Rua Luís Soares Barbosa e a consequente impermeabilização de solo, numa zona já densamente artificializada, traz consigo graves impactos ambientais.
Sobre este último ponto, pretendemos esclarecer que esta construção compromete o escoamento natural desta zona, que se encontra no limite inferior da bacia de drenagem da encosta das Sete Fontes. Este projeto soma à progressiva impermeabilização dos solos, seja por novas construções ou pelo alargamento da rede viária, tanto nas zonas mais baixas, como de forma, quase contínua, na encosta. Este foi um processo fragmentado que não teve em conta os efeitos cumulativos sobre o sistema hídrico.
Reiterando a nossa vontade de continuar a fazer o nosso caminho enquanto a gestão municipal mantiver esta decisão lesiva dos interesses dos bracarenses. Ppodemos contar com o vosso apoio na defesa desta zona verde, que até à última revisão do PDM era classificada com Estrutura Verde Complementar?
Estamos nesta luta, de forma educada, civilizada e a defender os interesses legítimos dos cidadãos da nossa cidade e de quem a visita.
O coletivo “Moradores Rua Luís Soares Barbosa”.
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