Demissão da'Excelentíssima Senhora Doutora Graça Fonseca, Ministra da Cultura
1. Não ter durante este período capacidade de reação à catástrofe que aflige os profissionais que estão na sua tutela;
2. Não conseguir criar uma estratégia criativa de ajuda à cultura portuguesa;
3. Ter zero capacidade de gestão emocional perante uma indústria que foi encerrada compulsivamente e encerrada continuará nos próximos meses, ou não fossem os espaços de trabalho dos artistas considerados sítios de risco de contágio elevado;
4. De não ter visão para impulsionar uma mudança radical na forma de pensar a cultura em Portugal e de não lutar para que a sua precariedade (demonstrada em toda a sua dimensão durante esta pandemia) seja erradicada;
5. Por não conseguir distinguir as diferentes expressões artísticas;
6. Por deixar a cultura independente, que se move entre associações, casas de concertos privadas, e demais espaços de cultura de gestão privados à mercê das leis gerais, antes e agora, não tendo a visão necessária de adjuvar estas estruturas privadas não subsidiadas, mas criadoras de cultura
7. Por ter disponibilizado às estruturas artísticas subsidiadas uma linha de financiamento o que produz endividamento numa indústria já de si pouco lucrativa e não acautelando o facto de que os orçamentos se alteraram de forma significativa
8. Por ter afirmado que os apoios continuavam, como se isso fosse uma surpresa e não uma obrigação
9. Pela atitude perante a Comissão de Cultura e Comunicação, onde a figura de estado desapareceu, por ter falhado com quem devia proteger, precisamos de mais energia, não de alguém que tenha uma visão egocêntrica das repercussões políticas dos seus actos
10. Por até agora nem sequer ter equacionado publicamente e de forma organizada e sistemática que o ministério da Cultura estava a pensar em estratégias para o futuro
Ex mo.Sr. Presidente da República, Ex mo. Sr. Primeiro Ministro, Ex mo. Presidente da Assembleia da República
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