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Portugal: Pela seriedade do Exercício Físico e uma sociedade mais saudável

Para: Exmo. Senhor Presidente da República, Senhor Secretário de Estado da Juventude e Desporto e Instituto Português do Desporto e Juventude

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa,
Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado, João Paulo Rebelo,
Instituto Português do Desporto e Juventude.

Cada vez mais é do senso comum, que o exercício físico deve fazer parte da vida de todos nós e essa realidade não vem ao acaso, pois segundo a Organização Mundial de Saúde (2016) e o Colégio Americano de Medicina Desportiva (2013) a prática de exercício físico reduz o risco de doenças cardiovasculares, diabetes melitus, cancro, obesidade, hipertensão, osteoporose, osteoartrite e depressão.

Mas será que estes fatores estão a ser levados a sério? Num País cada vez mais envelhecido é essencial tomar medidas em prol da saúde dos portugueses e fortalecer a prevenção.

Em Portugal, o exercício físico direcionado para a saúde e bem-estar precisa de mudar com urgência, pois o presente encaminha-nos para um futuro obscurecido por uma população doente e uma carga cada vez maior para os serviços de saúde públicos e privados.

O exercício físico, tal como outras atividades no domínio da saúde, tem de ser protegido de curiosos ou amadores. Para tal, é imprescindível:

- Uma entidade representante e reguladora dos seus profissionais;

- Uma nova mudança na lei, que garanta a segurança das pessoas;

- Comparticipação pelo Sistema Nacional de Saúde e pelos vários seguros de saúde, principalmente no que refere a pessoas doentes ou à beira da doença e que precisam de acabar com o sedentarismo;

- Mais condições de trabalho para os profissionais, que viabilizem o prosseguimento de estudos e o exercício das suas competências em prol da saúde das pessoas.

- Definir uma classificação dos profissionais baseada na sua graduação académica.

Trabalhar em prol da saúde das pessoas é o que nós, profissionais de exercício físico, fazemos. A inexistência de obrigação de formação adequada e consequente ausência de conhecimento pode incapacitar e prejudicar gravemente a vida de alguém.

Será sensato ter uma lei que permita a quem estudou apenas um ano, a capacidade de prescrever exercício físico? Será sensato esses profissionais terem a mesma liberdade de prescrição de exercício e os mesmos direitos e deveres do que os que se dedicaram a estudar uma área do conhecimento tão multidisciplinar (se tiver oportunidade, poderá confirmá-lo dando uma vista de olhos num plano de estudos de uma licenciatura da área) durante 3 ou mais anos (no caso de quem prossegue para Mestrado e Doutoramento)?

Os médicos, os enfermeiros, os nutricionistas e os psicólogos têm uma Ordem que os regula e representa. Os profissionais do exercício físico são, até hoje, ignorados não obstante as múltiplas campanhas patrocinadas pelo Estado que glorificam a atividade física. Mesmo depois de serem já conhecidos os benefícios que o exercício físico tem para a saúde continuamos de olhos fechados. É este o valor e relevância do exercício físico em Portugal?

Sejamos francos, será que umas simples recomendações para fazer caminhadas, correr, “mexer”, mesmo que vindas de um médico, são suficientes para melhorar realmente a saúde de uma pessoa? Nós, profissionais da área, garantimos que não. A qualidade do exercício é fulcral e difere de indivíduo para indivíduo. O exercício distingue-se dos medicamentos, sendo que estes se dividem em “medicamentos de marca” e em “genéricos” que por serem fabricados com o mesmo princípio activo, apenas diferem pelo preço e fazem o mesmo efeito. A prescrição é uma prática que implica vários factores e é muito complexa quando bem executada. Por algum motivo se estuda tanto.

Sabendo isto, não será relevante o exercício físico ser comparticipado? Inserir fisiologistas do exercício físico nas unidades de saúde seria, indubitavelmente, uma mais valia a par do que aconteceu com os nutricionistas quando foi dada a devida importância à alimentação. Há uns anos atrás era impensável pagar uma consulta para “simplesmente” nos ensinarem a comer. Já valorizamos a prevenção através da alimentação, resta agora fechar este ciclo valorizando também a prevenção através do exercício físico, tendo em conta que ambos os comportamentos se coadunam.
Assim, estaríamos a investir na prevenção ao invés de suportar custos nos tratamentos.

A criação de uma Ordem de Profissionais de Exercício Físico, por exemplo, seria, sem dúvida, um grande passo preventivo no nosso País.

Alimento a expectativa de ter despertado interesse por este apelo. Sei que o vosso tempo é contado ao segundo, contudo, se esta missiva, de alguma forma, possibilitou o vislumbre de um futuro mais saudável, já será uma mais valia.

Com os melhores e mais cordiais cumprimentos.



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Esta petição foi criada em 05 Dezembro 2016
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