Reconhecimento por parte do Estado Português do Genocídio Arménio
Para: Ex.mo Presidente da República Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa; Ex.mo Presidente da Assembleia da República Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues; Ex.mo Exmo. Primeiro Ministro António Luís Santos da Costa; Exmo. Ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Ernesto dos Santos Silva; Assembleia da República Portuguesa; Ex.mo Líder do Principal Partido da Oposição Pedro Manuel Mamede Passos Coelho
O Genocídio Arménio de 1915 (em plena Primeira Guerra Mundial) foi um ato de genocídio por parte dos turcos Império Otomano contra a minoria Arménia presente no território que hoje conhecemos por Turquia. No mesmo morreram cerca de 1.5 Milhões de Pessoas (entre 800 000 e 1 800 000 mortes segundo diversas fontes). No dia 24 de abril de 1915, entre 235 e 270 intelectuais arménios foram deportados de Constantinopla (hoje Istanbul) para Ancara onde foram assassinados. Esta data é considerada como o início deste genocídio. Os Turcos concretizaram este genocídio por puro assassinato de Arménios, ao força-los a trabalho forçado e, mais tarde, ao deportar mulheres, crianças, idosos e doentes em marchas de morte pelo deserto da Síria, sendo-lhes negada comida e bebida. Estas vítimas foram também violadas e massacradas. Resultado disto, gerações de Arménios estão espalhados pelo mundo.
O governo turco continua a negar até aos dias de hoje que isto se tratou de um genocídio, mas sim de um assassinato em massa e até hoje menos de 30 países reconhecem o genocídio incluindo como um genocídio entre os quais,recentemente. a Alemanha. Portugal inexplicavelmente continua a não o reconhecer.
Desta forma, os signatários desta petição pedem que a Assembleia da República reconheça, em nome do Povo Português, em geral, e da Diáspora Arménia em Portugal, em particular, o Genocídio Arménio como tal, independentemente de quaisquer consequências ou represálias por parte do Governo Turco a Portugal como consequência.
Anexado a esta petição encontra-se um vídeo no sítio "YouTube" por parte de Ana Kasparian, uma descendente de vítimas deste genocídio.