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Pelo desenvolvimento e sustentabilidade da Ilha de Santa Maria

Para: Exmos Senhores Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto e Presidente da Assembleia Municipal de Vila do Porto

Nós, abaixo assinados, preocupados com a ilha de Santa Maria e com todos os que nela trabalham e dela dependem, vimos por este meio expressar o nosso descontentamento com a possibilidade de instalação de uma superfície comercial de um grande grupo económico (com lojas próprias), nesta ilha.

É prática comum e em situações desta natureza que tal obra tenha previsivelmente um impacto global negativo no comércio, no tecido social e no desenvolvimento da ilha, pois que:

- Não traz nada de substancialmente novo à ilha - a abertura da superfície em causa não oferece nenhum ganho qualitativo em diversidade de produtos ou serviços, resultando apenas na concentração num espaço comum e na monopolização por uma única empresa de sectores de actividade já existentes em Santa Maria;

- Acentua a monopolização de sectores estratégicos na ilha - a empresa em causa beneficia necessariamente de condições de actividade privilegiadas, nomeadamente nas áreas do transporte e da energia, nas quais tem já uma participação dominante na ilha e na região. Essas condições privilegiadas, expectavelmente, não se traduzirão em benefício para a população, mas antes na maximização dos lucros da empresa;

- Cria concorrência desleal, destruindo as empresas locais - a desigualdade no acesso a condições de financiamento, pagamento, transporte e energia, designadamente, resulta na desintegração e dizimação das pequenas e médias empresas locais;

- Inflaciona os preços a médio prazo - após um período previsível de baixa de preços essencial para a implantação da empresa no seu novo mercado, feita sobretudo à conta de pagamentos injustos e tardios aos fornecedores, a destruição da concorrência promoverá o inevitável aumento dos preços a médio prazo;

- Descaracteriza a oferta local - num tempo em que se aposta no turismo e em que se privilegia a nível global a oferta personalizada e a autenticidade do comércio tradicional, a massificação e uniformização que a superfície em causa representa traduz uma clara evolução em contra-ciclo em relação à generalidade dos destinos turísticos de qualidade pelo mundo fora;

- Aumenta a médio prazo o desemprego e a precariedade laboral - à criação inicial de postos de trabalho, numa cultura típica de precariedade e indiferenciação, suceder-se-á a médio prazo um aumento global do desemprego na ilha por via da destruição do comércio local e respectivos postos de trabalho. Os postos de trabalho criados, concebidos para ser muito rentáveis para o empregador, não serão suficientes para compensar os empregos perdidos;

- Reduz o poder de compra da ilha - uma vez que os lucros reverterão a favor de uma empresa que não tem sede na ilha, a maior parte do dinheiro gasto pelos marienses na superfície comercial em causa será canalizada para o exterior, não sendo reinvestido na economia da ilha, assim agravando o poder de compra local.


Estas alegações são fundamentadas em factos e dados concretos do domínio público, situações idênticas em outros locais, nomeadamente na nossa região, e em exercício de bom senso. Não se trata de mera especulação inconsequente, ou de nenhuma intervenção de natureza político-partidária.

É nosso entender que a instalação em Santa Maria desta empresa (ou de outras similares) não serve os interesses da ilha, nem no campo económico, nem no domínio social. Serve antes os interesses da empresa em causa, bem como os de uma franja não representativa da nossa sociedade que poderá beneficiar, directa ou indirectamente, com o processo de instalação da superfície na ilha.

O caminho para melhorar e manter a nossa economia, estrutura social, identidade e ambiente, passa por incentivar e apoiar a produção e o consumo de produtos locais, incentivar e apoiar empresas familiares locais, incentivar e apoiar a regeneração das áreas urbanas, protegendo as áreas naturais. Este é um benefício para todos os que aqui vivem e tornará Santa Maria um destino muito desejável para os turistas.

É por sentirmos que é nosso dever lutar pela preservação do comércio tradicional local e pelo desenvolvimento da nossa terra, que se quer sustentado e capaz de preservar a nossa identidade, que assinamos esta petição destinada a impedir pelos meios legais a instalação desta superfície na nossa ilha, perniciosa para a nossa delicada economia.





We, the undersigned, concerned with the island of Santa Maria and all who work and depend on it, hereby express our discontent with the possibility of installing a commercial area belonging to a powerful economic group (with own stores) on this island.
It is common practice and in similar situations, that this area might foreseeably have an overall negative impact on trade, social structure and on the development of the island, because:

- It does not bring anything substantially new to the island - the opening of the area does not offer any qualitative gain in diversity of products or services, resulting only in concentration in a single area and the monopolization of business sectors, already existing in Santa Maria;

- It will reinforce the monopolization of strategic sectors on the island - the corporation concerned already benefit from privileged operating conditions, in the areas of transport and energy, in which they already have a dominant share on the island and in the region. These privileged conditions, unsurprisingly, do not reflect into benefits for the population, but rather the maximization of profits;

- It will create unfair competition, destroying local businesses - unequal access to financing conditions, payment, transport and energy, in particular, results in disintegration and decimation of local small and medium businesses;

- It will inflate prices in the medium term - after a predictable period of low prices, essential for the implementation of the company in its new market, especially based on account of unfair and late payments to suppliers, the destruction of competition will promote the inevitable rise in prices mid-term;

- It will destroy the character of the island – in a time that focuses on sustainable tourism and a global commitment to the authenticity of traditional trade, the standardization that the proposed area concerned represents, reflects a clear move away from the evolution of a quality tourist destination;

- It will increase in the medium term unemployment and job insecurity - after the initial creation of jobs, a typical culture of precariousness and differentiation will follow with an overall increase of unemployment on the island through the destruction of local businesses and their jobs. The jobs created, designed to be very profitable for the employer, will not be sufficient to offset the jobs lost;

- It will reduce the purchasing power on the island - as profits accrue to a company that has no headquarters on the island, most of the money spent by Marienses in the commercial area in question, will be channeled to the outside, not being reinvested in the island's economy, thus aggravating the local purchasing power.

These claims are based on facts and data in the public domain, similar situations elsewhere, particularly in our region, and good judgment. This is not mere inconsequential speculation, neither intervention of political nature.

It is our understanding that the facility in Santa Maria of this company (or similar) does not serve the interests of the island, neither in the economic field or in the social field. IT Serves mainly the company interests, as well as an unrepresentative fringe of our society that could benefit directly or indirectly from the construction process of it on the island.

The way to enhance and maintain our economy, social structure, local character and natural environment is to encourage and support the production and consumption of local products, to encourage and support local family businesses, to encourage and support the regeneration of urban areas and the protection of the natural environment. This is of benefit to all those that live here and will result in making Santa Maria a very desirable destination for tourists.

This is why we feel it is our duty to fight for the preservation of traditional and local commerce and the development of our island in a sustainable manner that preserves our unique identity, and why we have signed this petition seeking to prevent by legal means installing this development on our island, which will be harmful to our delicate economy.



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Esta petição foi criada em 21 Outubro 2016
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