Contra o abate das Árvores, pela preservação dos espaços verdes em Carnaxide

Nós, que escolhemos residir em Carnaxide pelos espaços verdes existentes, temos assistido nos últimos anos ao progressivo abate das árvores que caracterizam, ou caracterizavam, a freguesia.
De uma cultura que valorizava as árvores e os espaços verdes, assistimos ultimamente a uma argumentação de que estas são prescindíveis, uma argumentação em que apenas se destacam os possíveis malefícios da existência de árvores.
Naturalmente, trata-se de uma argumentação falaciosa, pois não existem árvores boas e árvores más. A questão está no modo como é feita a manutenção das mesmas.
Para nós, o abate de uma árvore é um acto de violência, uma amputação do organismo que é o espaço público.
Aqueles que dizem que as árvores são substituíveis, que pousem o olhar nas caldeiras vazias e nos inúmeros troncos cortados que se encontram à vista de todos.
Veja-se o caso dos Choupos que levaram mais de 40 anos a desenvolver-se e que agora são abatidos levianamente. As largas dezenas que restam estão condenados, dizem.
Mais do que uma explicação aos moradores, à Junta de Freguesia e ao Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Oeiras, é-lhes exigido que expandam os espaços verdes, plantando mais árvores, não que dizimem as existentes com a sua maquinaria.
Haverá outro ser, que não uma árvore, que tenha a função cabal de captar CO2 e libertar Oxigénio, que ofereça sombra e seja habitat de aves?

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