Fim da parceria do Governo Regional dos Açores com o Santander Totta
Para: Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRA), Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores (GRA),
Excelências,
Uma autonomia forte, de confiança, esperança e futuro, somos todos nós, mas acima de tudo as instituições que representam e defendem os interesses dos açorianos. É sabido que o Banco Comercial dos Açores, sob a tutela do GRA, desempenhou um papel fundamental na consolidação da nossa autonomia desde o 25 de abril. Apesar disso, em 1996, pela mão de Carlos César, líder do PS-AÇORES, o GRA procedeu à fase final de privatização do Banco Comercial dos Açores em favor do BANIF. Este banco, injustificadamente, manteve estatuto e privilégios de banco regional e público nos Açores, embora funcionando com uma gestão privada para interesses privados.
A nacionalização e posterior venda ao desbarato do BANIF ao SANTANDER TOTTA só vem dar razão aos que se opuseram à privatização do Banco Comercial dos Açores: além de perdermos um pilar da nossa autonomia, ficámos sujeitos aos desmandos da banca privada, nacional ou estrangeira; só nos Açores, desapareceram 100 milhões de euros das poupanças de 1000 famílias, sem contar com juros e dividendos respetivos que o SANTANDER TOTTA se recusa a pagar desde dezembro de 2015. Ao mesmo tempo, o GRUPO SANTANDER anunciou lucros de 121 milhões de euros em Portugal só no primeiro trimestre do ano, o que correspondeu a mais 121% face ao mesmo período de 2015, sendo até referido o "impacto positivo em toda a conta da incorporação da atividade do BANIF".
Não é admissível que o GRA conceda privilégios de banco regional e público ao SANTANDER TOTTA, nem que seja o seu maior cliente, sendo este um banco privado e espanhol.
Não é admissível que, como confessou publicamente Vasco Cordeiro, exista uma estreita parceria entre o GRA e o SANTANDER TOTTA, sendo certo que os lucros desta parceria irão para Espanha.
Não e admissível que os termos da parceria GRA - SANTANDER TOTTA não sejam conhecidos publicamente.
Vêm os signatários peticionar o fim imediato da parceria do GRA - SANTANDER TOTTA, devendo o GRA circunscrever toda a gestão dos dinheiros públicos ao sector público, transferindo todos os seus serviços financeiros e ativos para Caixa Geral de Depósitos.
Pelos proponentes,
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