Pela Demissão de Carlos César, Presidente do PS e Líder da Bancada Socialista

É com enorme consternação que tomamos conhecimento da decisão do presidente e líder parlamentar do PS, Carlos César, de não se demitir dos cargos que ocupa e de afirmar falsamente que teve uma atitude “eticamente irrepreensível”.

O visado, encontra-se acusado de:

1) Acumular o reembolso parcial do custo de viagem, como residente nos Açores, com a compensação do Parlamento por deslocações semanais.

2) Não reconhecer o paralelo do seu caso com a demissão do deputado madeirense do Bloco de Esquerda, Paulino Ascensão, pela duplicação de abonos.

3) Facultar, por incúria ou corrupção, 27.423 euros para a deslocação da sua mulher, Luísa César, às cidades de Winipeg e Toronto, acompanhada por dois assessores, entre 9 e 14 de Março.

4) Recusar o reembolso do montante que recebeu por via do subsídio social de mobilidade.

5) Recusar demitir-se, quando o próprio afirmou numa entrevista, no âmbito do caso Raríssimas (14 de Dezembro 2017), que se o ex-secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado “…encontrou razões para se demitir 24 horas depois, certamente teriam sido as mesmas razões que teria encontrado 24 antes.".

Trata-se nada mais que uma terrível afronta aos seus concidadãos portugueses, que através das suas pesadas contribuições fiscais e laborais, sustentam sucessivos casos de incúria dos dinheiros públicos, perfeitamente exemplificados na conduta de Carlos César.

Com a sua atitude, condena a classe política à eterna imagem de corrupta e inglória (veja-se a caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro, “A Política: a Grande Porca”), punindo com vergonha e desalento, qualquer contribuinte sério para o bem da Nação.

Para garantir o Estado de Direito de um País que se afirma como soberano, democrático e representativo do seu Povo, exigimos o seguinte:

1) Demissão imediata de Carlos César, dos cargos que ocupa na política portuguesa.

2) Reconhecimento por parte do Partido Socialista, da atitude incorrecta de Carlos César.

3) Reconhecimento por parte do actual Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, da falta de ética no comportamento de Carlos César.

4) A divulgação do trabalho feito sobre o caso, pela Comissão para Transparência e da Subcomissão de Ética.

5) Apuramento e divulgação das quantias indevidamente usufruídas por Carlos César.

6) Reembolso dos abonos defraudados ao erário público.

7) Alavancagem da investigação, para casos semelhantes no desempenho do corpo político português.

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