Nem mais uma ponte em Tavira sem critério ou ponderação

A Câmara Municipal de Tavira pretende construir uma ponte, em substituição, da “provisória” ponte sobre o Rio Gilão.

A generalidade dos munícipes não conhece o projeto da nova ponte e a sua discussão prévia foi insuficientemente participada.

Tal obra, pelo impacte que terá no centro da cidade, não deverá acontecer sem um amplo debate local.

A ponte provisória tem sido votada ao abandono e de pouco mais serve que para o atravessamento pedonal, pelo que não se verifica qualquer necessidade de injeção de circulação automóvel naquela zona do centro.

A mobilidade deverá estar associada a um modelo de desenvolvimento da baixa da cidade devidamente debatido e que reúna um consenso alargado.

Deve promover-se um estudo do modelo que melhor integre as duas margens do Rio Gilão, o qual deveria ser o ponto de partida para as intervenções a levar a cabo naquela zona evitando a espécie de manta de retalhos final que resulta do conjunto das intervenções que se levam a cabo sem critério, mandato após mandato, há pelo menos 40 anos.

Uma obra com o impacto visual e ambiental de uma ponte deve prever o seu futuro enquanto monumento marcante da linha de vista da cidade e sujeitar o projeto a estudo rigoroso, para medir o referido impacto.

Não poderá ser mais uma obra de regime que as gerações vindouras não compreenderão!
O projeto de ponte apresentado é desnecessário, para além de desadequado estética e funcionalmente.

Tavira, por algo incomparavelmente menos importante já votou em referendo.

Em suma, peticionamos a suspensão do projeto de construção da nova ponte sobre o Gilão, por período adequado ao debate local o qual deverá culminar com um referendo local à construção de mais uma ponte em Tavira.

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