Não ao uso de herbicidas no Baixo Mondego

Em 2014, a QUERCUS e a Plataforma Transgénicos Fora (PTF) iniciaram uma campanha alertando para os riscos ambientais e de saúde da aplicação de herbicidas.

Atendendo a que o uso de herbicidas, nomeadamente daqueles em que a substância ativa é o glifosato, é uma prática generalizada em diversas freguesias e extremamente intensiva nos campos agrícolas do Baixo Mondego, um grupo de cidadãos decidiu reforçar o apelo das referidas associações, lançando a presente petição dirigida aos eleitos locais.

Assim sendo:

1 – Considerando os riscos de vários herbicidas e em particular daqueles cuja substância ativa é o glifosato que atua nos animais como desregulador hormonal e cancerígeno, mesmo em doses muito baixas;

2 – Considerando que há outros meios para o controlo das ervas espontâneas, como os mecânicos e térmicos;

3 - Considerando que a nova legislação sobre o uso de pesticidas (Lei n.º 26/2013, de 11 de Abril, que transpõe a Diretiva 2009/128/CE), aponta para que só haja aplicação de herbicidas quando não existam outras alternativas viáveis, nomeadamente meios de combate mecânicos e biológicos.

Vimos apelar ao Ministério da Agricultura, Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro, Câmara Municipal de Coimbra e Juntas de Freguesia do Baixo Mondego que defendam o superior interesse das suas populações: a saúde pública, evitando o uso de herbicidas e recusando a utilização de glifosato, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida de todos os que residem no Vale do Mondego.

A cultura intensiva do milho nos campos do Mondego tem originado a pulverização intensiva destes herbicidas, sem muitas vezes ter sequer em atenção a direcção dos ventos e arrastando no ar substâncias muito nocivas à saúde da população. Além da óbvia contaminação dos solos e lençóis freáticos.

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