Multidisciplinaridade e Profissionalização das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco

É urgente mudar as estruturas de trabalho das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens no nosso país. Por mais que quem nelas trabalhe dê o seu melhor não é o suficiente. Há poucos técnicos para tantos casos e, nalguns casos, há alguns técnicos maus...
É necessário que estas organizações passem a ser profissionais ou seja, quem integrar estas equipas deve ser remunerado de forma a poder estar de corpo inteiro nesta missão, ter um horário, não estar em regime de voluntariado... É essencial que o Estado apoie mais para que haja mais técnicos no terreno. Sim, no terreno!!! O trabalho deve ser feito no e do terreno e não a partir de gabinetes... É fundamental que se apoio as famílias, que o trabalho seja feito com um background. Sinalizar o caso não chega, é preciso acompanhar, ajudar, direccionar...
É extremamente importante abrir as "portas" e os horizontes das CPCJS e não deixar que só assistentes sociais integrem estas equipas. Quanto mais multidisciplinar for a estrutura de trabalho melhor será defendido o superior interesse das crianças. Deverá haver um leque maior de profissionais na análise dos casos. Quantos mais contribuirem com o seu saber técnico, cientifico e profissional mais beneficiadas serão as crianças pois, a decisões tenderão a ser mais assertivas.. Nas CPCJS devem impreterivelmente haver Técnicos Superior de Educação Social, Advogados, Psicólogos, Pedopsiquiatras, Técnicos de Saúde, etc. A multidisciplinaridade é crucial assim como, a entrada de todos aqueles que se considerem necessários para uma análise rigorosa das situações emergentes permitindo uma adequada e justa intervenção favorecendo SEMPRE a criança/jovem.
É indispensável mudar, rever a praxis, intervir, com urgência, com sabedoria, pelas crianças, pelas famílias... Por todos nós!

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