O risco anunciado concretizou-se: por execução de clausulado de contrato de arrendamento, a Livraria Rodrigues, que funcionava aglutinando dois espaços, respetivamente com entrada pela Rua do Ouro, a loja propriamente dita e o armazém, com entrada pela Rua dos Sapateiros, ficou reduzida a esta pequena parcela. Não é, neste momento, possível equacionar se a Livraria Rodrigues poderá voltar a ter condições que lhe permitam funcionar. Não existem, igualmente, indícios de que a memória da primeira sede do modernismo em Portugal, enquanto sede da revista Orpheu, possa ser preservada.
Com o vosso apoio procurámos fazer florescer as memórias e patrimónios deste lugar importante para a cidade de Lisboa e para o país. Porque sempre é tempo de fazer o que é correto continuaremos a pugnar, e esperamos contar com o vosso apoio, pela preservação do património da Livraria Rodrigues, ancorados naquela convicção de Fernando Pessoa:
"O mundo é para quem nasce para o conquistar.
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão."
Tabacaria, Fernando Pessoa.