TODA A COMUNIDADE FLORI COM A MADRE MARGARIDA
Para: Coordenadora Provincial das Missionárias Dominicanas do Rosário, Ex.ma Irmã Maria Adelaide Dias Varanda
A Madre Margarida Pinto dedicou 40 anos da sua vida a fazer do Colégio Jardim Flori uma prestigiada instituição de ensino, que hoje claramente é. Foi a sua principal obreira, para benefício e orgulho de tantos quantos nele cresceram, de tantos pais que nele confiaram, de tantos e tantos quantos privam ou privaram com o Colégio, e que assim por ele têm grande carinho e interesse.
A tradição das religiosas pertencentes à Congregação das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário que desde sempre colaboraram no Colégio Flori, e sem qualquer excepção, passa pela permanência no espaço do Colégio, mesmo após cessarem funções ou deixarem de ser tão activas no seu dia-a-dia, desde que naturalmente sejam essas as suas vontades.
Não é possível compreender, pois, e seja a que título for, sem demais explicações aceitar a decisão de V.ª Ex.ª em antecipar o processo de sucessão na Direcção de modo tão súbito e disruptivo, e mais particularmente ainda quanto à indecifrável e desumana questão do afastamento da Madre Margarida do Colégio e da cidade onde viveu a maioria da sua vida. Privando-a do ambiente de amor e carinho que tão bem estimou e tanto ajudou a construir, e que, pelo contrário, tanto lhe teria para retribuir. Privá-la do riso e dos disparates das crianças, dos abraços e dos problemas dos educadores, dos afectos e dos pedidos de ajuda de tantos amigos. E até dos preciosos conhecimentos directos dos profissionais que, desde sempre, vigiam os seus problemas de saúde, os mais e os menos graves.
Os signatários desta petição defendem, livremente e com profunda convicção, que a instituição apenas evitará um processo de degradação da sua credibilidade se houver lugar a alguma correcção na referida decisão. Só assim se evitando também uma evidente ameaça forte à sustentabilidade do Colégio dentro dos valores que sempre adoptou e difundiu. E desde logo, por certo, só desta forma também evitando perder a confiança de muitos pais de alunos, colaboradores e amigos do Colégio.
Pede-se, pois, uma demonstração real bastante mais próxima dos altos princípios catequizados, solicitando assim à Congregação a sensibilidade para reformular a incompreensível posição, o que, a ocorrer, só dignificará perante todos o nome da instituição e o dos próprios decisores.
Por respeito, por caridade e por justiça elementares.
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Actualização #1 1º SUBSCRITOR - ISABEL DE SÁ CARNEIRO
Criado em 1 de maio de 2015