Pelo Fim do Bloqueio a Cuba
Para: Assembleia das Nações Unidas
O anúncio feito em 17/12/2014 de que Cuba e os EUA iriam finalmente restabelecer relações diplomáticas e as sucessivas declarações de Obama criaram a convicção de que teria sido posto fim ao bloqueio económico a Cuba.
No entanto, o bloqueio iniciado há mais de 50 anos com o objectivo de criar descontentamento na população contra o governo revolucionário, não só se mantém como, com Obama, tem recrudescido de intensidade no campo financeiro e na sua extra-territorialidade, continuando-se a aplicar multas milionárias a bancos e instituições financeiras que mantêm relações com Cuba.
O valor dos prejuízos causados pelo bloqueio é de 125 873 milhões de dólares e soma 4 680 milhões de dólares apenas no período de um ano, de Abril de 2015 a Abril de 2016.
A 11 de Setembro de 2016, Obama renovou as sanções contra Cuba. Em consequência, a população cubana vê gravemente atingida a sua capacidade de desenvolvimento, situação condenada pela comunidade internacional.
Apesar de o fim do bloqueio depender do Congresso dos Estados Unidos, a verdade é que o Presidente Obama pode tomar medidas para aliviar o bloqueio através de actos executivos da sua competência, nomeadamente:
• autorizar empresas cubanas a abrirem contas bancárias nos Estados Unidos, para facilitar transacções comerciais e financeiras;
• pôr fim à perseguição financeira a Cuba que tem vitimado bancos internacionais;
• permitir o comércio bilateral entre empresas cubanas e os EUA;
• eliminar a proibição dos barcos estrangeiros que levem mercadorias para Cuba entrarem em portos dos EUA antes de passados seis meses desde a partida de Cuba;
• permitir, embora seja proibido o comércio entre Cuba e as empresas dos EUA no exterior, o comércio da sede com empresas cubanas;
• alargar o número de circunstâncias em que nacionais norte-americanos podem visitar Cuba.
O bloqueio provocou e continua a causar sofrimento ao povo cubano!
O povo cubano tem o direito a escolher o seu modelo político sem interferência do exterior e é tempo de pôr termo a esta situação que é condenada pela comunidade internacional!
Nós, abaixo-assinados, instamos a que seja posto termo ao bloqueio a Cuba!
