Enquanto cidadãos ativos, é nosso imperativo máximo manifestar ao poder
político a importância de equipar a FAP (Força Aérea Portuguesa) com uma
esquadra com um mínimo de seis anfíbios Canadair DHC-515 MP.
Para esse fim é necessário adquirir meios aéreos anfíbios, do tipo “Canadair”,
tal como as Forças Aéreas da Espanha, Grécia, Croácia e Marrocos, os quais
possuem estes meios desde há décadas.
Para quê continuar a entregar enormes somas de dinheiro dos contribuintes
portugueses a empresas privadas de combate aéreo a incêndios e não investir
diretamente na nossa FAP? Até porque estas mesmas empresas privadas
alugam os ditos Canadair ao Estado Português.
Recolocar a nossa Força Aérea nesta luta, com os Canadair DHC-515 MP,
poderá também contribuir para uma maior transparência na “negociata” dos
incêndios.
Sempre que o Mecanismo Europeu de Proteção Civil é acionado lá aparecem
os Canadair de Espanha, França, Itália, Croácia, Grécia, e até mesmo de
Marrocos…
No ano de 2017, no qual morreram mais de cem pessoas nas desgraças de
Pedrógão Grande, e outras, estiveram baseados na Base Aérea, BA 5 da
Força Aérea Portuguesa (FAP), 9 Canadair estrangeiros, mais
especificamente: 4 espanhóis, 2 franceses, 2 marroquinos e 1 italiano. Como
se não bastasse, pouco tempo depois, alguns destes Canadair voltaram
novamente para a BA 5.
Em 15 de Outubro de 2017, após um rescaldo de mais de 110 mortos, os
Canadair estrangeiros regressaram mais uma vez a Portugal.
Imagino a frustração dos militares da FAP, na sua própria base aérea, ao ver
os colegas estrangeiros, pilotos militares e civis, a ajudar Portugal, e eles sem
nada poderem fazer... Porque os políticos lusos, desde 1974, nunca adquiriram
meios aéreos anfíbios pesados do tipo Canadair…
Entre abril de 1953 e o ano de 1962, já a FAP operava o Grumman SA-16A
Albatross, um aparelho anfíbio muito semelhante aos Canadair, aparelho este
que desempenhava funções, entre outras, de busca e salvamento (SAR), nas
Lajes, Açores.
Neste contexto, e paradoxalmente, é de salientar que a antiga Espanha
Franquista começou a operar o Canadair desde 1971, sendo de salientar, a
título de curiosidade, que até a antiga República Socialista da Jugoslávia, do
Marechal Tito, igualmente operou este meio aéreo anfíbio polivalente.
Assim, cerca de 50 anos depois, Portugal continua a ser um dos únicos países
da Europa do Sul a não ter meios próprios aéreos pesados anfíbios de
combate a incêndios florestais...
Com as temperaturas globais a aumentarem no nosso planeta, os dois
Canadair, previstos chegarem em 2026(?), serão claramente insuficientes para
atender às necessidades do nosso território continental e insular, deixando
assim Portugal desprotegido e à mercê da eventual ajuda e disponibilidade de
terceiros.
Nota muito importante: se a presente petição não for partilhada
numerosamente, por todos os cidadãos nas redes sociais, não chegaremos ao
objetivo de obtenção do número de assinaturas necessárias para ser apreciada
na Assembleia da República (AR). Sendo assim, toda esta iniciativa ficará pelo
caminho. De referir, que só números verdadeiros de BI/Cartão de Cidadão
serão validados pela AR.
O meu muito obrigado aos signatários.
Jorge Pereira.
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